sonho
Autor: Angela Caboz on Sunday, 23 March 2014sonho
sonho
O zoinho daquela mulé
Apois seu dotô, eu vou lhe contar
Fui pra cidade ôto dia comprá ração
No armazem dei de cara com uma luz, um clarão
Quase que eu ceguei de tanta ofuscação
Dois zoinho brilhante que acendeu meu coração
Era uma moça tão linda, atendente no balcão
Adepois de uma longa prosa ela pegou na minha mão
Quase que eu me mijo de tanta emoção
Me chamou prum armoço de família, numa grande reunião
Nois vamos é namorá, e já pretendo casá adepois do são joão
A Ilha, Eu e Tu
Eu sou uma Ilha
E tu também
Porque ambos queremos ser felizes
E as Ilhas aparecem sempre
Milagrosamente
Depois do nada!
Eu sou Ilha e tu és Ilha
Porque ambos temos definitivamente
Uma História
Feita de incompreensões e vontade
Segredos e silêncios
Amores adormecidos
Com a força do vulcão
E a verdade dos sorrisos ganhos
Na pureza das levadas!
Depois da luz do sol se apagar
E de se dar vez ao luar
Escrevo eu este poema
Minha alma está pequena
E não paro de pensar
A lua
As estrelas
Tua beleza nua e crua
É das coisas mais belas
Que não vou comentar
O porque desta poesia
Vou apenas te amar
Amar, como tu querias
Não mais preciso escrever
A magia de te ver
Vasta-me para ser feliz
Poder tocar-te
É mais que desejar-te
Ou seja como quem diz
Vasta-me para ser feliz
Amar-te
Do Verbo Ficar
Dia desses sem jeito, fiz um verso imperfeito, só pra ver de que jeito o meu coração ficaria.
Nos versos tinha dizeres de emoção, e todos eles mostravam de que jeito o meu coração ficaria.
Talvez quem fez os versos não tenha sido eu, talvez o meu coração malandro quis escrever seus próprios versos, só pra saber de que jeito o meu coração ficaria.
Charles Silva
Quando
Quando me abraça, sei que o mundo
No momento é quando...
Quando se cala, sei que naquele instante,
O teu silêncio é quando...
Quando te escuto, percebo teu corpo
Livre a tocar meus ouvidos.
Quando, tanto, pois, não me distraio,
Te encontro sorrindo.
Quando os nossos quandos, se esquecem
Dos porquês; Somos as respostas e trancamos a porta.
Quando mais do sol se levanta, te digo não te cansas,
Pois a vida é mansa.
Encontrar
Dois dias separam
O risco de tuas sombras
Dois úmidos dias
Que passeiam na tua boca.
O desespero dos teus fins
E a contemplação dos meus óculos
Quando estanca (por segundos) a chuva.
Importância da Poesia
Nunca tente convencer os tolos
Da importância do céu
Dos lábios e do mel
Os tolos não entendem poesias
Dizem que todos podem
Ai que perdida!
Os tolos não enxergam
As esquinas dos sinos
O silêncio do brilho
Nunca tente, é perda de mundo
Os tolos morrerão lendo os mesmos jornais
Os poetas as estrelas.
Enraizada entre as serras de ar fresco e calmo,
acolhida por uma inspiradora seiva campestre,
canteiro odorante desabrochando um eterno salmo,
aconchegando o morador no dia mais agreste.
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Era a casinha de paredes caiadas e cobertas pelo amor...
De janelas brancas, abrigadas à beira do telhado,
de barra azul, resistentes, amparando qualquer dor,
reflectindo pelos vidros... as rosas de tom rosado.
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Os afectos desfrutavam uma disposição apalaçada,