Vícios
Autor: Reirazinho on Wednesday, 20 July 2022Caminhemos contra a luz
Dormente mente da gente
Acordada, ligada e tomada
Pelas ligações de pulsões
Das redes, paredes ou feixes;
Seja da luz ou cruz,
Interligados e separados
Pelo sincretismo ou martírio,
Do povo tão novo
Na terra da matéria
Peito calcificado por danos,
A fenda separada por cacos.
Do sulco abra-se o medo,
Separado da paixão em ledo.
Amor, paixão ou loucura,
Três luzes na soltura.
Um chamado alternativo,
Reflete o desejo abdutivo.
Preso na escolha perpétua:
Tentar ou voar como libélula?
Ao tempo fico grudado,
Mas tão perto separado.
Não perca a cabeça
Ela tem que pensar
Mais do que penar,
Girando à beça.
Um rodopio dela
Vale como a tevê,
Seu ruído a mercê
Ensurdece a tela.
Pensamentos acolá
Nas areias frenéticas,
Um vazio de pérola
Nas conchas poéticas.
Meu cântico ao meu ódio
Donde canta minha morte
Brindo seu sangue ao pódio
Na sede de minha sorte
Os inimigos decaem
E o carrasco vai subindo
Secando minha lavagem
Das águas dos fracos ínfimos