Do Inquieto Oceano da Multidão
Autor: Walt Whitman on Thursday, 7 February 2013Do inquieto oceano da multidão
Do inquieto oceano da multidão
DESPEDIDA
Cansei dos meus versos
Porque não quisestes lê-los
Juntarei todos os escritos
Em uma bandeja de prata
Que pertenceu a minha finada avó
E na lembrança da morta
Erguerei uma pira feita de poemas
Inflamados com os restos de uísque
Deixados em garrafas inacabadas.
Na minha dolorosa embriaguez
Beijarei tua fotografia, e... juro
Será esta a última vez
Tua foto então reacenderá o fogo
E embriagado assistirei a cremação
De tudo quanto me faz lembrar
EU SONHO
DE TE MATAR
MAS UM DIA
DE TOMAR VENENO
E CRIAR.
PALCO
DE DIFERENÇA
VER
E LER.
Tu, místico, vês uma significação em todas as cousas.
Para ti tudo tem um sentido velado.
Há uma cousa oculta em cada cousa que vês.
E agora, cavalheiros, eu vos deixo
uma palavra
que fique nas vossas mentes
e nas vossas memórias
como princípio e também como fim
de toda a metafísica.
(Tal qual o professor aos estudantes
ao encerrar o seu curso repleto.)
Escrito em 23-7-1930, primeira versão.
Todos dias agora acordo com alegria e pena.