Geral

Aleluia

     Ao chegar a noite junto com a negritude; um silêncio absoluto.

      Em minha alma  paz!

      Meu coração é um bater tranquilo.

      Olhos cerrados sentindo a quietude, nada penso, respiro amor, benevolência, bondade e, esperança.

        Um bem maior que me faz levitar, habitar o infinito.

        Nessa viagem tão só, um momento único, meu ,só meu, em total reflexão.

        Há  paz em meu coração!

 

Nereide

Sou no Tempo Certo

 
 
Ainda penso se ... o que eu era, ainda sou.
 
Ou se hoje sou o que sou pelo jeito de quem me criou.
 
O tempo é uma ilusão, e em vão foi o tempo que passou!
 
A quem antecipou: a previsão não volta não.. só quem ficou.
 
Difícil é provar que presto, neste mundo desonesto,
 
Tento, às tantas, ter lembranças antes sequer de eu existir...
 
Se estou certo pareço esperto e não sou aceite pelo resto,

Escrita Perigosa

Peço ajuda divina para a escrita perigosa desta vida
Alma que opina desgostosa, mesmo saudosa do que a incrimina...
Oh Deus da prosa!... Que é o mesmo que o da rima...
A rima é mais vaidosa, mas é a prosa que nos ensina.
Temo: ser pouco o tempo para o sentimento ser demorado.
Privado dele, como o vento, com o nascimento a cada segundo dado
Cansado no batimento de um coração despedaçado..
Provado o consentimento.. relacionamento falhado.
 

O PÁSSARO LIVRE

 

Violinos lacrimejam uma melodia alegre que sai das suas profundezas.
Cordas habilmente rasgadas por dedos ágeis, retalham o vazio.
O pássaro livre, na sua gaiola fechada, escuta sem entender aqueles sons feitos por pessoas estranhas.
Que antes só ouvia na meia-luz lamentar.
Continuando o seu afortunado saltar de baloiço em baloiço, na sua gaiola de um único vaivém.

velho moinho

Velho  moinho

 

Obra rústica de charme aconchegante

Engenho de sonhos,

Movidos a ventos

Entre as mós, eles vão girando

Transformando em suco

Os meus sentimentos

Velho moinho de versos

Hirto na aurora dos tempos

Sem alma, sem voz

Sem nada por dentro

O velho moinho

Que já foi feliz, está agora abandonado…

Fica a memória da dureza do grão

por tantos de nós superado

Junto aos grãos os condimentos

Raiva, amor, desencanto…

Perdidos no cenário campestre

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