Geral

Alma nua

Alma que morre de uma fragância

Que se dissolve na neve fria

Que dorme tranquilamente sob as águas do lago

Alma que sangra

Alma que chora e se enamora

Que corre como o vento

Rodopia nas ondas do mar

Alma que se agita em coração ateu

Alma que contorna as estrelas do céu

Alma nua

Que passeia em jardim florido

Que chilreia como os pássaros

Alma que se transforma em borboleta

Alma em cor violeta

Que ilumina uma vida

Que anuncia uma partida

Alma nua

QUOTIDIANOS – 8º CAPÍTULO

QUOTIDIANOS – 8º CAPÍTULO

A Obra “Os Maias” de Eça de Queirós vai deixar de ser leitura obrigatória no secundário. Possivelmente devem estar a pensar banir também Camões, Fernando Pessoa, Padre António Vieira, Gil Vicente, Bocage, Saramago… O silêncio é a alma do negócio e para promover os amigos no plano nacional de leitura não há como apagar o passado. 

entao??????

poderiamos falar a noite toda 

relembrar velhos assuntos,velhas bebidas

ou so se olhando,palavras ja colocadas de lado

podemos  sair e ouvir um bom samba

(zeca ta na cidade) ainda tenho os discos dele

a cidade ainda continua quente ,voce fez muita falta .

                                                                                   nao podemos mentir a tudo isso

                                                                                   aventuras teremos sempre

Juras de Saudade

Quando eu era menino,
jurava por Deus
que nada daquilo fora eu que tinha feito,
quando eu me julgara crescido,
jurava que ninguém ou nada
tinha — nem me dava — jeito

acabei jurado de amor
quis eu então abraçar o mundo inteiro
e agora, pelos muitos anos que anseio,
pois a idade me põe em desvantagem,
faço juras mais que de amor,
faço juras de saudade.

 

UM LIVRO DE CRÓNICAS E MEMÓRIAS

UM LIVRO DE CRÓNICAS E MEMÓRIAS

Recebi o convite para a sua apresentação na Moagem do Fundão, mas por força de uma doença que me atormenta há meses não pude estar presente como tanto desejaria, em particular tratando-se de um evento cultural relacionado com literatura.

UM CIDADÃO DE CORPO INTEIRO

UM CIDADÃO DE CORPO INTEIRO

Parente e Amigo de longa data, sempre presente desde a minha infância. A Mãe, uma Bismulense, Natividade dos Anjos Valente, apaixonou-se por Domingos Mateus, natural da Redondinha (Cerdeira do Côa), e ali constituíram família.

O seu filho, António Valente, com muitos familiares na Bismula (Sabugal), ali se deslocava e desloca, à terra natal da sua Mãe, ali vai matar saudades e recordar familiares e amigos.

Abecedário

 

Ave. Planando , rezando, saudando.

Banana. Das repúblicas, da Chica, da minha fome de manhã depois do amor.

Camelo. Nunca vi.  Acho que vi na NatGeo

Dromedário. Já pensou se nem camelo eu vi.

Edifícios.  Assim no plural e todos seus segredos e encantos.

Faca.  Covarde, aguda, sibilante, nem sempre amolada, mas sempre pronta.

Galileu. Gravidade, inquisição.

H de nada. Mudo de agá.

Iris cor de mel dos olhos do meu amor.

Picolé de jaca nas equinas de casa amarela, ali perto do Albatroz, que já não passa mais   filmes.

QUOTIDIANOS – 7º CAPÍTULO

QUOTIDIANOS – 7º CAPÍTULO

Duas visitas inesperadas de dois Irmãos Escuteiros – António Bento Duarte e António Alçada. É bom recebermos na nossa casa pessoas que se interessam pela nossa saúde, nos proporcionam bem-estar, nos transmitem confiança num amanhã sempre melhor.

QUOTIDIANOS – 6º CAPÍTULO

QUOTIDIANOS – 6º CAPÍTULO

Conversa a três, dois ex-políticos e um aposentado, sobre sexualidade, esse bem da humanidade. Sem sexo, não há vida. Um dos intervenientes diz “que enquanto há língua e dedo, não há mulher que lhe meta medo.” O outro conta a história de um famoso político já falecido, que manifestou uma grande satisfação com a descoberta do viagra: “a maior invenção a seguir à roda”. O terceiro, ouvia e ria-se…ria-se.

QUOTIDIANOS – 5º CAPÍTULO

QUOTIDIANOS – 5º CAPÍTULO

Regresso ao Fundão, esperando uma situação definitiva. O nosso companheiro de viagem, numa frangalhada em Condeixa-a-Nova, afirma: “já se nota que o Fundão está no bom caminho, mas ainda tem que ultrapassar os “centralismos”; falam muito no interior, mas na hora da verdade roem a corda e não conhecem estas paisagens”.

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