Geral

Das Piores, A Pior

A dor furiosa,

A dor dormente,

A dor que morde,

A dor sem dentes,

A dor da morte,

A dor da parturiente,

A dor que explode,

A dor que mina,

A dor infame,

A dor decente,

A dor do velho,

A dor de novo,

A dor que te dói,

A dor do outro,

A dor que não passa,

A dor de quem fica,

A dor que não se vê,

A dor de quem sente,

A dor de quem chora,

A dor que sibila,

A dor de quem olha,

A dor cega que alucina,

A dor grave,

A dor aguda,

Convite

Tome-se por má comparação que seja, o vicio do cigarro – que coisa louca
Não é raro que recebendo um convite
Para encarar de frente o pelotao de fuzilamento, se vá de bom alvitre
Só pelo gosto de uma derradeira vez leva-lo à boca

Ou aqueloutro que em vida que vai longe era ordeiro e dedicado moço
Agora mal chega a noite se isola no quarto pretextando qualquer mentira
Abre a janela com pressa de aceitar o convite da vampira
E goza de antemão a morte pelo prazer de entregar o seu pescoço

Intriga-me a vida

A correria rotineira
nos torna despercebidos,
intolerantes, impacientes,
rumo ao mesmo destino.
 
A ambição em nossos olhos,
desfoca todo este brilho,
a natureza não se esconde,
sempre em nosso caminho.
 
A dor invade o peito quando a morte se aproxima,
quando surda toma a si,
nosso ente mais querido,
quando surda, dissipa,
a única luz que llumina.
 
Nossos gritos agoniantes,

SIMULACRO DE POETA

"SIMULACRO DE POETA"

(Poesia; fostes céu, inferno, luz, escuridão, pó e universo no meu caminho. Letra a letra, verso a verso, procuro-te sou teu peregrino)

No lugar dos sonhos, busco a inspiração perdida.

Antevi miragens pelos caminhos da utopia

A opaciade da mente oculta a fantasia

O corpo cansado transporta a alma dolorida.

No declínio dos dias, ao muro do meu desgosto,

Sou ponto e vírgula do verbo; poeta esquecido,

Filho de fogo-fátuo que tremula esmaecido

A Poesia É Imperecível

Poesia não se compra.

Não se mede.

Não se vende?

Não se dá,

Poesia se doa.

 

Poesia não se entende.

Não se encontra.

Não se mistura?

Não tem dono,

Poesia se cuida.

 

Poesia é tudo.

Não tem data.

É o meio?

É mais para a beirada,

Poesia é de lua.

 

Poesia é campestre.

É embaixo.

É indébita?

É citadina,

Poesia fica mais aqui para dentro.

 

Poesia é triste.

É permissiva.

É sorriso?

Acontece

 

                          O amor é assim:

                          Não tem hora, simplesmente

                          Acontece.

                          Tropeços,sem adereços é assim:

                            Acontece.

                           Tristeza  me abala, turva meu semblante.

                           É   assim.

                           Um pássaro no asfalto  caído,

                          não vôa, está  Morto!

                           Acontece, é assim.

Louco em equilíbrio

Como um louco eu me porto sem receio em demonstrar,
a loucura que me toma, busco o mundo conquistar,
Um louco em sanidade, com um brilho no olhar,
Um louco em sanidade, busco o mundo conquistar.
 
Dizem:
- Quando o coração sente, perde-se a visão e resta somente, o brilho no olhar!
Dizem? (Já não sei mais)!
Acredito ser mais uma das muitas coisas em minha cabeça,
Pode até ser, mais uma das coisas que não posso controlar.
 

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