Não jogue pedra
Não jogue pedra nesta pobre criatura.
Este canalha que machucou sua inosência, que detruiu sua vontade de viver!
Que esmagou seu lindo sonho de criança, é que deveria essa pedra receber!
Autora: Madalena Cordeiro
CHUVA
Você é a chuva que cai na minha horta, molhando minhas curvas tortas...
Você é o orvalho da noite, é a brisa no meio dia! Ah! Você é minha alegria!
Chove chuva! Quero ficar molhadinha, é você a chuva que falo...
Quero ficar bem assanhadinha! Chuvinha boa! Daquilo que falo!
Autora: Madalena Cordeiro
Durante um dia após a chuva, fiquei observando a figueira do meu pátio. Então descobri que tenho sócios e o quanto ela é importante, o que me levou a homenageá-la com versos rimados:
A Borboleta
A borboleta no casulo, faz forças para aparecer cores!
Quanto mais esforço mais cores!
Quanto mais perseverança mais amores!
A borboleta que não se esforça, sai sem cor nenhuma!
O casulo abre sozinho, e ela não recebe coisa alguma!
Esforça! Que pra você, o Arco- iris. vai descer!
Muitas cores, você vai ver!
Um sonho colorido para você!!!
Autora: Madalena Cordeiro
O Mar
As águas do Mar Sagrado, na areia da paia deitado!
Eu te desenhei, e lá ficou desenhado!
A imagem de um homem amado!
Serviram de testemunhas:
As águas do Mar Sagrado!
Autora: Madalena Cordeiro
O trovão
Ah! No trovão se ouve a vóz de Deus!
Nas onda do mar também!
Isso me traz um consolo, na ausência do meu Bem!!!
Autora: Madalena Cordeiro
a vida me picou
nem doeu muito
só soube depois que senti
os primeiros sintomas:
um coração frio
acometido de febre
só pode derreter
Não tome A.S.
só beba água
repouse
durma...
durma até que tudo esteja melhor
nunca mais abra os olhos
que os mosquitos estão à espreita
nascidos
das tuas lágrimas paradas
PASSARINHOS
Quando eu era criança
Queria ser passarinho
Ainda bem que Deus não deixou!
Porque ficaria ficaria sem o meu ninho
O passarinho faz seu ninho
Trabalhando todos os dias
Mas com o desmatamento
Acaba sua alegria!
O João de Barro,pedreiro da floresta
Constrói sua casa com dedicação
Vigiando atetamente contra chuva ou vento
Por isso ele sabe a ordem da estação.
Por ser inteligente
Ele conta com sua sorte
Temos mais do que uma bruta força
Há grandeza em nossos espíritos
Nos levantamos em serras e picos
Que tocam a neblina como se fossem cabelos
Teus rios cor de âmbar correm em cachoeiras para mim...
Teu ouro é minha vitória e teu amor de mãe me consola...
Sou como teus olhos: um Narciso apaixonado pelo ouro que me trazes
Mas não és somente tu quem me ofertas presentes adocicados...
Pois no teu aguardo abro minhas mãos de caçador veloz
E na mata que espera o desemboque de tuas cachoeiras
Te nutro de alimento vivo enluarado e dezenas de adornos encantados
Cristais, continhas, topázios e laliques perfumados: de namorado
