Pensamento

Quando falta a inspiração

 

Quando falta a inspiração

Para um poema compor

Resta a árdua solução

De versar com o suor.

Unir a imaginação

A um metódico labor

Para tecer a canção.

 

O poema é trabalhado

De modo racional

Se não é poema inspirado

Falta a magia natural.

Embora metrificado

O verso é superficial

Leitor não fica encantado.

 

Neste difícil momento

Poeta deve recorrer

Ao próprio pensamento

Para ter algo a escrever.

E assim atingir o intento

MINHA LIBERDADE

Eu durmo e vivo ao sol como um cigano,
Vagueio nessas ruas sempre ao léu,
Sou como a andorinha peregrina,
Que voa livremente pelo céu!

E deito-me risonho em qualquer sombra,
Fumando meu cigarro vaporoso,
Da liberdade que apavora os homens,
Eu sei que sou o dedicado esposo!

Sou amigo das flores, c`os perfumes
Da primavera banho-me. Encantado
Nas noites de verão namoro estrelas,
E a moça que me espia do sobrado!

Desejo

Se eu pudesse voltar no tempo

Nem pederia um dia

Apenas uns minutos.

  Voltar no tempo!

Queria que fosse no dia que te conheci

 Queria uns segundos daqueli sorriso gigante.

Se eu pudesse corrigir, talvez corrigisse o meu medo.

 Se eu pudesse entao repetir uma cena seria...

  o daquela noite do qual tao silencioso ficaste.

Se eu pudesse desfazer algo

 Seria recuar no tempo e arrancar a magua que te causei

   Se eu pudesse ainda pedir um desejo

Seria ir de traz para frente corrigindo,

TEU AMANHECER

Que assim seja, minha criança distraída
Numa ínvia quadra, onde o mistério é soberano,
E, que não reine em teu cantar vigor profano
A iludir, como dos mares esta acre vida.

Bela sereia cuja nota suspirosa
Guarda segredos que nos põe tão sonhadores,
Pobres mortais escravizados p`los amores,
Eis que um dia não serás mais desdenhosa.

Quem sabe quando? Nada pode-se colher
Nas paragens desta ideia de áurea ventura,
Quando eu espreitar-te risonha na natura,
Dentro em teus olhos resplendendo o amanhecer.

Sete pecados capitais

                                                       Sete pecados capitais

 

 

 

 

 

Sou um poeta sem nome

Sem nome e sem destino ... por isso não trilho caminho

Vagueio um olhar apenas para vaguear o pensamento

E por mais que contemple

Não me sinto indiferente

Ao que contemplo e sorvo avidamente
Sou ávido e sinto gula

De ver ... sentir e degustar 

O sabor do contentamento

Ao vislumbrar o teatro dos sonhos do pensamento.

 

 

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