Pensamento

Prenúncio...

Entre vários pedaços de tempo
Resgato pedaços de memória
Que se fizeram de mar e vento
Pois que as lembranças
São as vozes que ecoam no nosso silêncio
Pulsando a cada travo desta herança
A certeza do que outrora
Tão só o infundado prenúncio…
De uma razão cegada que hoje,
Hoje sei…
Se esfumou de vez… foi embora…

Viva!

Viva!

Estou aqui, viva!
Por quantas vezes quiseram cortar as minhas asas…
Outras mil, destruir o meu ninho…

Mas eu ainda aqui estou,
Cheia de Sol, na Alma!

Irradio, amor pelo corpo do meu pensamento,
Alimento-me dos meus sonhos, e uma vez mais,
Perco-me na viagem dentro do meu olhar.

 Viva,

Sim! Sempre!
Porque Eu, sou Eu, e não quero viver castrada!

Prefiro morrer, para sempre. Se for assim, o vento irá decidir… Se vou Voar, ou se adormecerei quando a Lua chegar! 

 

Rita Pea

Auto- Retrato

 

“ Auto-retrato”

 

Sou tudo aquilo que sou, na ambiguidade, nos extremos da vida,

Corpo cansado, atirado, na ira da hipocrisia,

Sou espirito, sou alma, sou sangue, sou rio que corre em mim,

Sou a pele que cobre a dor, sou tudo o que fica no fim…

Sou ansiedade, nas questões que enlaço,

Inconstância, nas respostas que não tenho,

Sou prisão, no meu espaço apertado,

Tentando Vencer

 

Tentando vencer,
os meus olhos lacrimejam,
com lembranças do passado esperando que me vejam.

Fugir não é escolha, pois meus sentimentos são como folhas.
Exposto ao vento, consigo ver meu sofrimento,
Sendo levado para longe ultrapassando uma grande ponte,
não sinto saudade, pois me trazia um sentimento de maldade.
cobri meu rosto para esconder algo que queria conter, abri meus olhos para ver...
que as lagrimas não são ruins, apenas iria limpar o que havia dentro de mim.

Pages