Prosa Poética
Sem título
Autor: Sandra Martins on Saturday, 9 August 2014*
Eu cresci e o mar já não é o que era. Só quando sorris eu posso ser a rainha da minha desgraça de ser feliz.
Preciso de um relógio que bata ao contrário. Talvez assim não sinta mais a falta dos momentos que vivi sem ti.
Conto os anos pelos dedos, o coração vai aguentando.
O começo de uma jornada mais longa que eu pode possuir-me. Já me esqueci do som da chuva a cair, só a tua respiração me entra pelos ouvidos.
Se ficar, não será pelo cansaço. Sei que as minhas asas dormem longe. O meu único desejo é olhar-te apenas.
Sem título
Autor: Sandra Martins on Thursday, 7 August 2014*
Não gosto quando saímos de casa juntos mas depois tu vais para um lado e eu para outro e beijamo-nos na rua. Não me leves a mal, sabes que gosto dos teus beijos e tremo toda só de pensar nos teus lábios, mas não gosto quando tenho de te beijar na rua.
As pessoas não têm de estar lá nem os cães e as chicletes no chão são feias. Rais parta a vida que é amor. Porquê que vivo num palácio contigo dentro e quando sais de ti resta só o mundo que inventaram? Porquê que não podemos ficar só nós os dois para sempre?
Um engano que morre…
Autor: Gila Moreira on Thursday, 7 August 2014Mergulhar noutro corpo ,
respirar noutra atmosfera inversa
e voar com todas as aves migratórias
à flor do obscuro desejo, de querer ser
o que nunca fui.
A aurora desmorona-se de carência,
de outro amor impossível que há-de vir,
dentro a solidão cerca a luz absoluta,
já desponta, um engano que morre…
Somos condenados ao infinito,
neste chão onde a manhã se esvazia
e a aurora rompe-se.
Hiberno todas as noite,
e aprendo a secar tudo que escorre
Basta querer
Autor: Arlete Klens on Friday, 1 August 2014Esperança
Autor: carlos gaspar on Wednesday, 30 July 2014Esperança
Quando a guerra chegar
numa manhã cinzenta, de odores pardacentos
vou ver os homens marchar
por caminhos lamacentos
sentindo o ódio jorrar, nos olhos
a raiva e a ira, já sangrentos
e ouvir as mães a chorar
os padres a gritar
que Deus não existe
acreditei que o mundo ia acabar
mas que dia este tão triste!!
A quem posso eu rezar
se já nem Deus existe!!
Onde vou eu reencarnar
... o ódio paira no ar
Coração
Autor: carlos gaspar on Wednesday, 30 July 2014Coração
Quando o tempo
Autor: carlos gaspar on Friday, 25 July 2014Quando o tempo deixar de ser tempo
E eu estiver adormecido...
Vem me visitar de quando em vez
Olharás para o relógio de ponteiros entorpecidos
De um tempo que não passa...e me deixarás
E nunca voltarás!!... quando eu acordar...
Levantar-me-ei e correrei nos céus ...até que morras também
Se tu não estiveres para me abraçar
Procurarei os braços de alguém
Em busca de acalentar a alma
Que interessa que te tenha deixado
Ou que tenha morrido ...sem te escrever uma carta de amor
Dialética do sentir
Autor: carlos gaspar on Friday, 25 July 2014Dialética do sentir
Vem, vem comigo
Vamos descobrir a dialéctica de um dia de nevoeiro
Vamos olhar o firmamento
E sentir o orvalho no rosto
Talvez penses, que não á filosofia num dia de nevoeiro
Que será apenas mais um dia de nevoeiro
E que o firmamento não tem nada que admirar
Porque não se avistam as estrelas
Mas se olhares com atenção perceberás
Que elas estão lá cintilantes
E o nevoeiro tem a sua beleza
Quando surge o orvalho no teu cabelo.
Dialética do sentir
Autor: carlos gaspar on Friday, 25 July 2014Dialética do sentir
Vem, vem comigo
Vamos descobrir a dialéctica de um dia de nevoeiro
Vamos olhar o firmamento
E sentir o orvalho no rosto
Talvez penses, que não á filosofia num dia de nevoeiro
Que será apenas mais um dia de nevoeiro
E que o firmamento não tem nada que admirar
Porque não se avistam as estrelas
Mas se olhares com atenção perceberás
Que elas estão lá cintilantes
E o nevoeiro tem a sua beleza
Quando surge o orvalho no teu cabelo.