Prosa Poética

Rimbaud escrito opium

De qual África apareceste? De nenhum navio o vi pular nesta terra que nunca te acolheu, mas tenho em ti as mesmas insônias de absinto e ópio quando mato o repente ou na hora que dorme o silêncio nas palmas de deus. Pise estas ripas trêmulas folheando aquele pequeno poemeto de desequilíbrio no desregramento, para que após teu declame eu possa soletrar a minha poesia, feita de faces de quem nasceu errado, não sendo para o mundo, sendo amparo mudo da dor que tu botas-me.

NINFA FLOR

UMA GOTA DE ORVALHO AO NASCER.
A BRILHAR COMO SOL.
PEQUENINA, COMO UM BOTÃO DE FLOR!
DESABROCHOU...
NO SEU CORPO, INEBRIANTE PERFUME.
UMA NINFA! DE CURVAS PERFEITAS.
SEiOS... A DESABROCHAR...
TÃO ROSADA, ESTAS PÉTALAS...
QUE EM TI SE FORMOU.
METAMORFOSE RADIANTE!
SE FEZ...
E EM BELA  FLOR, TRANSFORMOU.
GRANDIOSA!
LINDA!
MAS A FLOR, SE ACHOU TÃO PERFEITA!
E DA ÁGUA SE DELEITOU!

- São Lágrimas -

- São Lágrimas -

 

São lágrimas contidas,

lágrimas que o coração não reconhece,

lágrimas expulsas da alma,

lágrimas do tempo que ancoram

no porto presente,

lágrimas de mais lágrimas,

pequenas e finas que escorrem

no meu,

no teu,

no nosso rosto.

 

São lágrimas quentes

depositadas em pele fria.

Lágrimas  salgadas que doem,

que ferem,

que mordem a dor.

Lágrimas doces da alma dos inocentes,

puras,

límpidas,

verdadeiras,

SENTIR ALEGRIA

NÃO CONSIGO FALAR DE ALEGRIA.

COMO ÁGUA A BORBULHAR NA PANELA,

EVAPORA TÃO RÁPIDO!

AO SENTILA A VIDA TRANSFORMA.

NOSSA PELE, FICA ATÉ MAIS BONITA.

NOSSOS OLHOS REFLETEM MAIS BRILHOS...

 

MAS SE VAI TAO DEPRESSA, ALEGRIA!

COM OS PROBLEMAS DO MEU DIA A DIA.

ATÉ ESQUEÇO DO BRILHO QUE TINHA.

QUANDO PENSO QUE NUM DIA FELIZ .

EU CHEGUEI A SENTIR ALEGRIA.

ARLETE KLENS

 

 

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