Saudade
O Senhor do Tempo
Autor: Fátima Carmo on Thursday, 24 November 2022O senhor do tempo que passou,
Ficou preso num banco de jardim,
Já tem o corpo em forma de assento
Porque se sentou à espera do fim.
Fita os ponteiros no relógio a cada segundo,
Que ficam presos a cada olhar,
-Será que o tempo parou de vez!
-Deixou de passar!
Caiu mais uma lua e com ela veio a noite,
Chamou-o para dormir, é hora de sonhar
Com momentos onde o cenário não é importante!
As expressões definham e vão caindo
Dando lugar aos espinhos que teimam ficar.
NUVEM DE VIDRO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 12 November 2022Mãe
Autor: Maria Helena Co... on Saturday, 23 July 2022VISIONÁRIA NÉVOA
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Wednesday, 4 May 2022aguardar com anseio
o encontro com ela
a substância
a aparência
a desconfiança dela
inscrita nos móveis descansados
subentendida em meras pistas
códigos e rastros
a moderar a ausência dela
singela pronúncia
que perpassa a atmosfera
da manhã seguinte
com toques de translúcida presença
presença dela
insinuada em névoas recentes
neste imaginário (?) vislumbre
vislumbre dela...
Parece que está a chover
Autor: Paulo Sousa on Wednesday, 20 April 2022Quando penso em ti
Penso no que perdi
E não quero cair em mim
Quero estar mesmo assim
Quando penso em ti a rir
Que me fez sorrir gaivota
Não sei onde vou cair
Balão a esvaziar sem rota
Quando penso em ti
Penso no que não perdi
Sentidos que só achei
Mãe
Autor: José Augusto Mo... on Friday, 1 October 2021Os ombros dessa velhinha Onde ficaram sequelas Fazem-na triste e curvada, Com o peso que hoje suporta! Porque está então sozinha No parapeito da janela, Na varanda ou na sacada, Ou na soleira da porta? Animem essa velhinha! Por favor, vão ter com ela Abracem-na! Não digam nada, Mas façam-na sentir que importa!
Infância
Autor: Reirazinho on Wednesday, 11 August 2021Garotinho regou a alegria inebrie,
Afagava seu tronco em seu brincar,
O lavro do cultivo, o fértil desabrochar.
Da terra pura frutou sua ávida febre.
Febre essa que queima sua inquietude,
Quando os feixes luzentes do sol
Dão combustão ao velho farol,
girando seu mundo na erma virtude.
Seu sorriso intuía o ato mais perene
Do mais querido, a inocência tão bela
Seu oceano era uma besteira singela,
Quando chorava ainda ficava tão serene.
Saudade
Autor: WILSON CORDEIRO... on Sunday, 4 July 2021Saudade que bem conheço
Saudade é cartaz de filme antigo
Filme feliz que sempre careço
Distância é inimiga inóspita
Filme triste que faz sofrer
Fica a querer no coração
Ser adereço
Amores remotos por onde ficaram ?
O grande amor que eu mereço
Saudade tem cor sem vida
Peçonha de morte lenta
E asas doentes , que pássaro lamenta
Não poder
Ao infinito do paraíso
Mais belo chegar