Soneto

MESMO AMOR

 

 

MESMO AMOR.

 

Inda uma vez vou te dizer: Repara

Nos meus versos ! São bem a nossa historia...

Cada estrofe retrata a trajetória

D!um amor que ( hoje sei) foi coisa rara!

 

Não sei de ti, quanto a mim,  já notara

Que  (desde sempre)  da minha memoria,

Teus beijos, teus abraços, toda a glória

MISTERIOSO OLHAR

 

Parei pra ver teus olhos,  um tesouro em  par! 
Ai  de mim! Por que fiz tamanha insensatez?
Esmeraldas lapidadas de raro jaez
Que o bardo  (em segredo) se pôs  a admirar!
 
Pedras raras ofuscando o brilho do luar;
Imenso  oceano, floresta virgem ou  talvez
Tela no infinito pintada   em tua tez
Com o verde do mar, céu azul e luz solar!
 
Olhos que ( entretanto) são  prenhes  de mistério:
Dizem tudo e nada  dizem , transcendem em prece
E ao mesmo tempo  inspiram amor deletério...
 
Misterioso amor  que veio sem  avisar,
(Ainda que jamais  o bardo tanto  confesse)
Do secreto verde-oliva deste teu  olhar!
 

Nelson de Medeiros

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CANTOR

De teu peito fremente qual vulcão feroz,
Emergem mansamente tuas cruas mágoas...
À tarde, do arroio quando se escuta as águas,
Vem a lembrança de tua branda voz.

Amas brincar c`os sons, amas a melodia,
Povoar os refúgios dos gentis ouvidos.
Teu cantar se compara aos matinais gemidos
Que o pássaro sobre o arvoredo preludia.

Em teus lábios lhanos de alegria os sinais
Nos saraus espalham-se como uma cascata;
Aos suspiros de Orfeu soturno são iguais.

POR MUITO ESPINHOSO QUE ELE SEJA

 

Destemido cavaleiro viajante

Que percorres planícies sem ter fim

Num galope solto, e elegante

Neste teu Cavalo de marfim.

 

Cavalgas sem medo, de guerreiro

Buscando o horizonte que perdeste,

Embora já cansado percebeste,

Que esse horizonte está lá, é verdadeiro.

 

Sem medo vais em frente e não desistes

Sabendo o que nessa viagem te espera

Embora longa e tortuosa, essa quimera…

 

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