Tristeza

Não se faz agora.

 

Quando acontecer

E a distância  for merecer

E lágrimas  apenas um saber

 

Sei que tarde outrora

Serei tristeza sem demora

 

Com traços pálidos...

Mãos ao horizonte clamarei ao fronte

Que deixe este ir embora

 

Porque sofrer não se faz agora!*

 

F.G.

 

FANTASMAS DE DOMINGO

As sombras, em penumbras, me envolvem
Numa solidão inquieta e faminta
Em meus vazios bem guardados,
Reduzem o meu dia a sofrimentos...
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Aqui, nesta cama bagunçada
Reflito o caos dos dias sequestrados
Que roubaram-me sem me pedir
Deixando-me assim, em pleno Domingo!
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Sou um fragmento do que já fui
Embriagado com a dor imortal
Que me assombra a todo momento...

DIAS, SURTOS, E SONHOS...

A alma sorrir um cansado descanso
Um dia inteiro em guerras, sobrevivendo
Nesta sociedade de humanos feitos em porções
Muitos não vivem, e morrem esquecendo...

O sabor de viver sem vírgulas cada esquina
Cada momento, cada olhar
Estou fadigado, ainda assim sou livre
E não me esqueci de sonhar...

A Morte da Fênix no Inferno

 

Ó Fênix, tu morreste outra vez!

Levaste contigo tudo que existia.

O Hades subiu a Terra,

O fogo consumiu os ossos;

Havia alguém ali.

 

Um brinde às sepulturas!

Ali estão meus amores.

Caiam as águas e levem a lama dos meus pés;

O local que piso é sagrado,

Ali repousa meus mortos.

 

Fincada Cruz Negra,

Primeira Transfiguração

 

Aquilo que meus olhos veem me leva para lugares onde nunca quis estar.

O que são essas flores? Quem são essas pessoas? Por que continuam aqui?

A tristeza é suportável, mas me dói tanto...

Contudo, seguro minha solidão como uma coluna que tarda em desfalecer.

Me sinto como se o chão estivesse confuso e turvo, como o lodo de um pântano.

Pelas altas horas, me vejo atravessando lugares que não visitei.

Guardarei comigo aquilo que me fere.

Tratarei com cortesia e paciência.

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