Poema de Calma e Poema de Raiva

Olhando-me agora
Como uma peça airosa,
Com cheiro de tulipas, não de rosas.

Oh, parece a Bossa nossa!

Olhando-me onde mesmo?
Nalgum espelho que se esconde?
E outra: não importa também
Se flores, rosa, tulipa, não temos,
Nada.
Só é curioso o que traz essa fragrância
Que me faz espreguiçar de tanta paz.

Mas sei bem onde me vendo estou,
Fingindo o filósofo na encruzilhada
Entre a esquina do teu repouso
Com a rua da minha calma.

Olhando-me agora
Como uma peça desairosa,
Com cheiro de tulipas, não de rosas.

Ah, para, nossa!

Desolação de Amor

Desolação de Amor

Cai como choro do céu
levando a raiva embora
calma, não temos no dia a dia
a natureza pede trégua lá fora

como é bom dormir ao teu som
trilha sonora para sonhar
sonhos de alegria
o mundo pára para olhar
pareces do ambiente a agonia

mas passas
deixas um vazio em mim
mas deixas também cores
embelezando o firmamento
mostrando ate dores
sofres como pessoa ao relento

PFernandes

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