Telefone

Estou sempre em tua mão

Pronto para qualquer informação

Nunca diga não

Mesmo quando é assunto do coração.

 

Faço parte de ti

Vou contigo a onde ir

Posso lhe fazer sorrir

Quase enfarta se esquece de mim

 

Colado em seu corpo

Fazendo um esforço

Acabando pouco a pouco

A espera do teu rosto

 

Sei de toda sua vida

Seus amores, suas birras

A conversa proibida

Sua música favorita

 

Sei aonde quer chegar

E posso te levar

Calado

Não fale nada. Permaneça em silencio.

Escute a voz que vem de dentro.

Existe aquele momento

Reflexão sobre espaço e tempo.

 

Tempo perdido, amor não correspondido

Sistema opressivo, trabalho excessivo

Calo-me por medo de ser abusivo.

 

Nada a declarar é o que tenho a falar

E falar não vai mudar o desejo de criar

Prefiro pensar à me expressar

Aqui não cabe julgar

Aprenda a respeitar

O direito de me calar.

Sem querer sair

 

                 Saudades que vem de lá

                 Que se chega sem querer sair

                  Abrigado, obrigado não quero ir

                  Cessará ao voltares para cá

 

                   Saudade instalada  dói 

                   Num processo incessante

                   Sem que me deixe por uns instantes

                   Minando enquanto  corrói

                  

                   Ao adormecer  sonho contigo

                   Sonhos  belos  e  estranhos

Amantes de Poesia

Amantes de Poesia
 

Este é um poema
muito meigo, muita ternura, muito teu...
uma oferenda aos teus momentos
de luta, de brisa e de céu...
E eu,
quero servir a poesia
numa concha azul do mar
ou em cesta de flores do campo.
Talvez possas entender.
Se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o famoso e inesperado verso que
deixará alegre, surpreso, perplexo...

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