assumir

Saberemos, comuns mortais, reconhecer, assumir, quando chegámos aos limites da situação humana?

 

Saberemos quando a derradeira nos descobrir?

Comuns inocentes:

Mortais!

Reconhecer?

Assumir!

Quando não ouvirmos mais,

Chegámos, desistentes?

Aos versos se os existir?

Limites sem finais!

Da existência mundana!

Situação do ser:

Humana!

 

Saberemos reconhecer?

Inocentes,

Mortais?

Assumir

Se os existir!

Limites finais,

Chegámos mais:

Ela Dança De Sapatinho Alto

Ela dança de sapatinho alto

 

Lá vem ela a dançar

Lá vem ela a dançar

De sapatinho alto

E não para de me olhar

 

Eu entro no salão

E começo a dançar

Bem ao lado dela

Que não para de me olhar

Então eu pergunto a ela

Se ela quer me namorar

Com um sorriso ela responde

Espere um pouco vou pensar

 

Lá vem ela a dançar

Lá vem ela a dançar

De sapatinho alto

E não para de me olhar

 

A noite vai passando

Ela dança sem parar

Pendura

Como se fosse meu café da manhã,

Tomo uma pinga,

Que queima minha garganta,

Mas seda os perigos.

Estamos eu e o dono do bar do interior

De Minas.

O bar ainda meio “abrido”,

E eu já entrando primeiro que o vento frio.

O mesmo vento que balança as árvores na praça do centro,

Corta na rua as poucas almas vivas.

Tomo outra pinga,

Agora para calar meu fígado,

Esquecer de dilemas rascantes,

Da mulher que se foi,

Do emprego que não vem,

Dos sessenta chegando,

"ONTEM, HOJE E AMANHÃ"

“ONTEM HOJE E AMANHÃ"

Ontem.........

Não te reconheces. Nem queres saber

Não sabes porque estás longe de mim

Mas mesmo que soubesses. Apenas queres viver.

 

Hoje..........

A saturação reclama. A paciência diz-se esgotada

Uma vez mais, em vezes sem fim

Entrou em greve. Por tanta coisa adiada

 

Amanhã …………

O tempo é bastante? O tempo soube amar?

Inconsolado, escoa-se na monotonia.

Alice S

Normalmente as emoções estão à flor da pele, as minhas transbordam através das mãos. Escrever como quem caminha numa estrada sem fim e cheia de surpresas. Uma satisfação imensa percorre cada traço, cada palavra, cada sentimento escrito numa folha de papel. Alice é o meu nome. Escrevo para mim, para ti, para quem me quiser ler. O único desejo para além da alegria que me dá escrever, é ser lida com paixão e deixar o gosto para mais. Nascida em Lisboa, uma das cidades mais belas da Europa, a seis de Janeiro 1974.

Quem Era

A escuridão ainda inundava a estrada
Lanças flamejantes clareavam o asfalto?
Sim, não a minha ambivalência nas palavras.
E me ardiam os olhos miseráveis.
Para eu me ver pelo retrovisor estava mais difícil.
Queria saber quem ou o que era você,
Se você queria o meu amargo
Ou brincava com minha travestida tolice.
Por outro lado,
Pairava sua ambígua discórdia,
Se nos seria bom ou um lixo.
E, de qualquer forma,

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