língua

Como seria a nossa existência senão existisse uma língua para comunicarmos, escrevermos?

Como se assim existíssemos?

Seria tudo menos que existência!

A falta de ciência!

Nossa razão seria vazia, sem a conhecermos:

Existência?

Senão noite sem dia!

Existisse, sem falarmos?

Uma história sem magia!

Língua sem sentido, bonito, voz ou essência

Para quê tudo o que já foi escrito?

Comunicarmos, através de uma págima branca, vazia!

Escrevermos?

 

Como falta de existência!

Seria vazia,

Ângulos

Subitamente, vejo o mundo

Desmoronando,

Feito a velha aroeira,

Que aguarda o alvorecer.

 

O mundo gira, revira

O entusiasta olha, aplaude

Sucumbe às palavras

E, o mundo gira

 

As ideias falsas,

Não passam de ideias

As ideologias, por mais que ideais,

São só ideologias

E, o mundo gira, pulsa, repulsa

 

Existem conceitos, que caem por água

Existem águas, que caem

Por conceitos, preceitos

E o mundo gira, a água corre, e se esconde

 

assumir

Saberemos, comuns mortais, reconhecer, assumir, quando chegámos aos limites da situação humana?

 

Saberemos quando a derradeira nos descobrir?

Comuns inocentes:

Mortais!

Reconhecer?

Assumir!

Quando não ouvirmos mais,

Chegámos, desistentes?

Aos versos se os existir?

Limites sem finais!

Da existência mundana!

Situação do ser:

Humana!

 

Saberemos reconhecer?

Inocentes,

Mortais?

Assumir

Se os existir!

Limites finais,

Chegámos mais:

Ela Dança De Sapatinho Alto

Ela dança de sapatinho alto

 

Lá vem ela a dançar

Lá vem ela a dançar

De sapatinho alto

E não para de me olhar

 

Eu entro no salão

E começo a dançar

Bem ao lado dela

Que não para de me olhar

Então eu pergunto a ela

Se ela quer me namorar

Com um sorriso ela responde

Espere um pouco vou pensar

 

Lá vem ela a dançar

Lá vem ela a dançar

De sapatinho alto

E não para de me olhar

 

A noite vai passando

Ela dança sem parar

Pendura

Como se fosse meu café da manhã,

Tomo uma pinga,

Que queima minha garganta,

Mas seda os perigos.

Estamos eu e o dono do bar do interior

De Minas.

O bar ainda meio “abrido”,

E eu já entrando primeiro que o vento frio.

O mesmo vento que balança as árvores na praça do centro,

Corta na rua as poucas almas vivas.

Tomo outra pinga,

Agora para calar meu fígado,

Esquecer de dilemas rascantes,

Da mulher que se foi,

Do emprego que não vem,

Dos sessenta chegando,

"ONTEM, HOJE E AMANHÃ"

“ONTEM HOJE E AMANHÃ"

Ontem.........

Não te reconheces. Nem queres saber

Não sabes porque estás longe de mim

Mas mesmo que soubesses. Apenas queres viver.

 

Hoje..........

A saturação reclama. A paciência diz-se esgotada

Uma vez mais, em vezes sem fim

Entrou em greve. Por tanta coisa adiada

 

Amanhã …………

O tempo é bastante? O tempo soube amar?

Inconsolado, escoa-se na monotonia.

Alice S

Normalmente as emoções estão à flor da pele, as minhas transbordam através das mãos. Escrever como quem caminha numa estrada sem fim e cheia de surpresas. Uma satisfação imensa percorre cada traço, cada palavra, cada sentimento escrito numa folha de papel. Alice é o meu nome. Escrevo para mim, para ti, para quem me quiser ler. O único desejo para além da alegria que me dá escrever, é ser lida com paixão e deixar o gosto para mais. Nascida em Lisboa, uma das cidades mais belas da Europa, a seis de Janeiro 1974.

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