Incauto silêncio

Orquestrados sorrisos gargalham no
Esteio de um verso insuflado de alegrias
Parafraseando até o silêncio incauto, precário
Suturando cada dia com tantos abraços solidários
 
Ventila a primavera seus perfumes refrescantes
Banhando o relento da noite que madruga astuta e traficante

BOX.

Cá estou diante o vidro do Box,
Onde a cada gota que desliza sob meu reflexo
É uma lágrima que se mistura aos do chuveiro.
 
Percorrendo cada traço do meu corpo,
Limpando cada ferida em carne viva.
Cada uma com sua história,
Uma luta,
Uma derrota.
 
E, diante a esse mesmo vidro,
Não me vejo mais!
O vapor embaça a verdade
Surgindo um sorriso.
 
Um
Sorriso
Embaçado.
 
 
Rafaela Maria, julho de 2017

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