Os eternos ais

Ai Joana Vasconcelos!
Ai Miguel Sousa Tavares
Ai os galos de Barcelos
Ai que me faltam os ares
 
Ai agora tudo a dar ao Costa
Ai o Bagão, ai o Vitorino
Ai façam-me mas é uma tosta
Ai não se esqueçam do Lino
 
Ai o Sócrates e o Barroso
Ai o Guterres nas Unidas

SOLIDÃO

(A insónia prolonga-se no tempo e a utopia flui no destempero da poeira palpitante)

Lavro o destino nos dias que não resistem
Às noites amantes, que inusitadas, caem
Pérfidas, incompletas e imperfeitas.

No entardecer reentram as noites e insistem,
Que partindo, prostituem a verdade e saem
Deixando no seu encanto, ilusões desfeitas.

(Esconjurado na incauta génese da ilusão, queria por um momento só, ser sonho. Sonho de luz angélica e exultante)

Lugar certo

     Para onde vai os meus passos

    Passos ligeiros, largos, seguindo o instinto

    Presinto que caminho para o lugar certo

    Certeza não tenho; mas continuo

     Tudo que desejo está à minha frente e, com o passo apressado  vou

      Não será em vão, um pássaro encantado ao meu ouvido sussurrou:

      ---É esse  o caminho!!

 

 Nereide

     

Pages