ESPUMA DO TEMPO

ESPUMA DO TEMPO

Na crista de espuma de um ciclo sem fim,
Em ondas de saudade que o tempo penteia.
Perguntei ao mar se me levava a outro lado.
E o mar, escorrendo no seu frenesim
Lágrimas de sal, que ao vento presenteia,
Em gotas de odor, num rosto inebriado.

Velas solitárias, balouçam a vaguear
Nas vagas do sonho que não morre
Nos tempos nostálgicos e desnudos.
A saudade deixa-se beijar,
Pelo desejo que em mim percorre.
No silêncio dos meus gritos mudos.

João Murty

És

És

 

 

Em ti, o sol é quente e brilhante.

Fim de tarde de verão.

Duradouro...

Brisa do mar e do bosque.

Doce de frutos silvestres e hortelã.

E como procurei este verão.

 

És sorriso de criança.

És feição de musa.

És a paz da maré baixa.

És truque de magia.

És serpentina colorida. És festa.

És a minha valsa.

 

E estás aqui.

Corri o mundo à tua procura.

E estás aqui, á minha frente.

Fumas um cigarro.

Sorris.

Paz

                               Paz

                       A paz esteja em ti

                       A paz esteja em mim

                       Eu quero a paz

                        A paz da nuvem calma

                        A paz do céu azul

                         A paz do mar profundo

                        A paz do mundo

                        A paz do teu sorriso

                        A paz do  amar infindo

Nereide

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