Ventos do Norte

Todas as músicas já foram tocadas.

Nada levo além do que os principais acordes.

Sou minha própria música.

Reverbero-me, ouço-me, toco-me.

Inevitáveis óperas pelo céu estrelado;

São tão eternas quanto o passado.

 

Tudo aquilo que as horas fundaram dentro dos meus alicerces.

A solidão em mim só existe porque o destino não me deixou sozinho. 

Meus Queridos Sonhos

Sonhos que sonhei
E amei.
Sonhos que ficaram presos
Nas entranhadas do passado.
E sonhos
Que se dispersaram pelas ânsias do futuro.
Sonhos, meus queridos sonhos,
Sonhos destruídos pela crueldade da vida,
Sonhos apagados da memória,
Sonhos que já não o são,
Sonhos que já esqueci,
Sonhos que já perdi,
Sonhos, meus queridos sonhos,
Poucos foram os concretizados!

ANDORINHA

                                  ANDORINHA

Eu sou a andorinha que voa sozinha no deserto.

O vento das minhas asas, balançam as folhas do caderno esquecido,

as letras ficam nas linhas marcadas pela caneta do poeta.

             Eu sou a andorinha que virou canção.

A dança de alguém, que vibra de alegria com essa melodia.

                  Eu sou o que move o cantor...

                    Eu sou a poesia em flor!

           Eu sou a andorinha que chama o amor.

 

Autora: Madalena Cordeiro...

Quem sou

Quem sou



Vem , vem descobrir

Quem sou!! e que padeço!!

Não sei se te mereço...quero todo o teu corpo

E o que sei...é que padeço

Por ser teu segredo...guardado

Quero todo o teu corpo

Descobrir o que sentes , sussurrar o desejo

Ranger entre os dentes

O prazer que sentes

Jamais o olvidarás...somos simbiose

Do prazer carnal...desejamos o leito !!

E sei amar de qualquer jeito

Num orgasmo final...

Não sei quem és , nem se padeces!!

Sei que o desejo ...vem

tenho medo

Tenho medo

Já rasguei a página

Onde tinha escrito os meus medos guardados

Agora escrevo um poema rasurado

Onde abandono despojos de recordação

Entre túmulos e sarcófagos

Jaz minha mente cansada.

No campo de batalha…escrevo-te uma carta

De sentidos doridos, de alma ferida

Estou cansado de escrever!!!

Cartas debotadas, rasuradas

Desta guerra, dentro do meu ser

Das lágrimas que verto

Ao sentir o tempo correr.

Já não sei se te amo

Ou se te faço sofrer

Já não sei se te quero

folha rasurada

Folha rasurada

Olho para ti, alva

Branca e limpa

Absorvo a tua textura , desabafo…

Ai!! Como te quero rasurar!!!

Meu peito dói-me, alguma metáfora sairá

E enaltecerá o que meus olhos abarcam

E quando passar na viela

Verei rostos brilhando, sorrindo para uma vida

Desenho com palavras, os rostos os sorrisos

Traquinas e jovens …invejo!!

E rasuro dentro de mim a minha inveja

Que outrora também foi traquina e jovem

Rasuro pela palavra, desejo

Desejo ser eternamente jovem

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