Vejo, ao fundo

Vejo, ao fundo,
sorrisos meus
acenando à minha irresponsabilidade ébria,
como quem diz adeus...
A folha da confiança, que é fria,
quando amarrota
apaga o dia
e não volta
a ser lisa.

O vento passa
levando e trazendo
o que não tenho,
alisando a minha memória das fissuras
e mantendo viva a esperança
que tenho de viver em linha recta.
Mas não apaga o desenho do Adeus,
não aquece a folha da confiança amarrotada
não faz meus os desejos teus,
nem retroceder na perene estrada.

Bom dia sol (04)

Bom dia sol, bom dia querida,
Mais um dia amanhece
em nossas vidas.
 
Vejo você acordando,
Ao meu lado tão bela
e muito linda.
 
Ouço os pássaros cantando,
Anunciado o alvorecer
de um novo dia.
 
Mais um dia eu fui feliz,
Ao seu lado
em minha vida.
 
Tu és tão bela adormecida,
E quando desperta
ilumina a minha vida.
 

Infinito...tudo...

Quando foi que trocámos
 
nossas confidencias
 
mastigando doces palavras
 
salteadas em gomos de poesia
 
sem mais rompermos o amor
 
com outras divergências
 
 
Quando foi que depositámos
 
neste infinito tudo
 
as sombras carentes
 
permanecendo só em nossos
 
entes irreverentes uma pluma
 

Portugal

Num país de ladrões,

São eles quem rouba mais.

Levantam-se questões,

Iludem-se multidões,

São plásticas discussões,

São sonhos irreais.

 

A honestidade sai cara,

Quando mentir é barato.

É perigosa a palavra,

Quando  manipulada

Pela mão disfarçada,

Que protege o seu prato.

 

 

ESTRADA DO AMOR

Sigo nesta estrada empedrada

Onde não sinto os pés no chão

E o vento fustiga forte no rosto

Como se me arrancasse a pele…

 

Caminho com passo compassado

Por entre o empedrado deste chão incerto

Mas nunca perdendo o rumo…nem o norte.

 

O amor me segue em cada caminhada

Acompanhando todos os meus passos

Ganhando cada vez mais força e mais vigor

Nesta estrada onde sigo

Desconcertante

Cuida de mim
 
quando a noite nos envolver
 
em mantos nocturnos
 
confinando-nos em prantos
 
de solidão aspergida em cada
 
silêncio deste nosso folclore
 
de vida
 
 
Faz-te toda meu trampolim
 
nesta minha poesia
 
razão de todo meu viver
 
Acontece-te na manhã tranquila
 
veloz

Talvez

 

Talvez!

De incerto destino
Floresceu!
Absurdo?
Talvez!
Busca incessante...
Noite de primavera
Sol de verão
Oásis do amor
Brumas do mar
Água...
Riacho sereno
Melancolia
Saudade sem esperança
Turbulência de vida inventada
Ecos de silêncio
Sono agitado
Erosão da alma?
Talvez!

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