FILOSOFIA ÍNTIMA

Eu sou infinito
Perante a eternidade,
Finito quanto à idade,
Na carne... circunscrito!

Sou razão estatística,
Gêmeo diante de mim...
Sou lama e sou jardim,
Probabilidade metafísica!

Sou tempo atemporal,
Astro do bem e do mal,
Solo de profundas raízes...

Sou amor... sou ódio,
Sou vexame e pódio,
Ferida aberta... cicatrizes!

De Ivan de Oliveira Melo

FILOSOFIA ÍNTIMA

Eu sou infinito
Perante a eternidade,
Finito quanto à idade,
Na carne... circunscrito!

Sou razão estatística,
Gêmeo diante de mim...
Sou lama e sou jardim,
Probabilidade metafísica!

Sou tempo atemporal,
Astro do bem e do mal,
Solo de profundas raízes...

Sou amor... sou ódio,
Sou vexame e pódio,
Ferida aberta... cicatrizes!

De Ivan de Oliveira Melo

A Procissão

Nascem petalas nas costas do tempo
gritos de cor queimam socalcos do chão
em piruetas de sonhos cala-se o lamento
murmurado nos passos lentos da procissão.

Os rostos escondidos sob o véu do medo
criam sombras bailarinas à luz das velas
olham os céus e pedem-Lhe segredo
erguem os corpos sobre o peso das mazelas

Misturam nas lagrimas as tintas da vida
e pedem por si e pelos outros que não estão
pedidos pequenos de esperança perdida
pisam sem pressa os socalcos do chão

Sentença de vida

Despejei ao redor do mundo
 
uma porção de luz travestida
 
de prantos enfeitados de chuva
 
e murmúrios divagando pelas encostas
 
do tempo vadio
 
deformando meu quotidiano dos dias
 
indecifráveis ,tardios
 
 
– Percorreremos esta noite
 
madrugando até rejuvenescer
 
esta poesia núbil onde
 

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