Esboços de Abril
Autor: Machado on Monday, 4 May 2015Esboços de Abril
Esboços de Abril
Meu riso me eterniza perante o cosmos...
Não sou feio, nem sou bonito, deveras,
Eu me preciso e tomo de mim a decência
Que me faz conspirar diante das naves
Edificadas como santuários de benesses
Que guardam segredos das intimidades...
Meu senso me leva a escalar altas colinas
Onde a consciência separa o joio do trigo
E soterra as iniquidades do orbe perverso,
Abrindo escalas que são botijas do bem...
Em meu silêncio doutrino as maquiavélicas
Ô Mãe mui amada, quanto do teu chorar
são lágrimas do meu olhar.
Por tanto gostares, quanto de ti abdicaste
Quantos sonhos, em teu rosto secaste
Quantos sorrisos feitos de Sal, envergaste
Para que no mundo fosse Pessoa, ô Mãe
Valeu o esforço? Sempre vale o esforço
Quando se é a alma de outra alma
Se luta contra um mundo Adamastor
nos cabos de Tormentas dobradas em dor
Que Deus te dê mais anos que a eternidade
Pois eterna já és, presa na minha felicidade