Suicida
Autor: Ana Flora de So... on Wednesday, 6 May 2015
Fito o corpo ainda jovem
desta alma envelhecida,
Fito o corpo ainda jovem
desta alma envelhecida,
Porto de abrigo
Sou um barco há deriva no mar
Há espera de te encontrar
Quero no teu cais atracar
Porto de abrigo
Guia-me com o teu farol
Ilumina com o teu brilho a escuridão
Sé o meu sol
Porto de abrigo
Aconchega-me nos teus braços
Juntos, conheceremos a felicidade
Se o apoio dos meus passos
Porto de abrigo
Contigo quero dividir
Tudo o que a vida tem para oferecer
Em todos os momentos a tua presença quero sentir.
Nem os brilhos da multidão conseguiram
Enfraquecer a necessidade que tenho de ti
Será culpa desta singular saudade
Ou dos excedentes do desejo que senti
Numa inesperada comunhão quase perfeita
Congregou-se nosso ser
Libertando fragmentos de felicidade
Numa divina serenata ao prazer
Que se da minha vontade dependesse
Jamais conheceria outro resultado
Senão aquele em que tu simplesmente
Estarias ao meu lado
Palavras ao vento...
Hoje não sei o que sinto...
Hoje não sei o que sinto
Mas sei aquilo que não sinto...
Não sinto a alegria vibrar, em mim
Não sinto nem não, nem sim...
Apenas sinto cansaço.
E não é do teu abraço
Se o sonho comanda a vida
Em momentos desiguais...
Nunca dou como adquirida,
A sorte em termos finais.