Esta saudade...

Esta saudade é uma dor

Que provém do amor

É uma estrela cadente

Que se transforma em semente

Esta saudade é uma alvorada

É acordes de poesia perfumada

É o refúgio de uma alma enamorada

Esta saudade é o toque de um violão

Que une notas perdidas numa canção

Descompassando o coração.

As sementes da minha ilusão

Na noite procuro um abrigo

De chorar virei pranto

Não tenho amor para amar

E sem forças para lutar

Tenho a alma entristecida

Tenho meus olhos tristonhos

Em meu peito pulsam os sonhos

As sementes da minha ilusão

Rasgam-me o peito em paixão

Um amor guardo em segredo

É desejado como um brinquedo

E por mais que tente encontrar

Caminhos que me façam crer

Que te vou esquecer

Vou colhendo pelo chão

As sementes da minha ilusão

Fátima

Minha irmã, minha amiga

Hoje trago-te uma flor

Com amizade, carinho e ternura

Para aliviar tua dor

Tem o pensamento sempre firme

Naquilo que tanto desejas

Para que sejas feliz

E possuas tudo quanto anseias

Zelarei sempre por ti

Para que os rios não te inundem a alma

E para que nos teus pensamentos

Floresçam rosas

E no teu coração

Terminem os tormentos

Mostra-nos o teu belo sorriso

És mulher que desabrochou viçosa

Entre tantas outras rosas

E que sempre perfumaste

A ti

 

A ti, querida irmã

Que me viste nascer

Me ajudaste a crescer…

Eu te escrevo estes versos

Desejando-te um futuro de sucesso

Porque numa segunda mãe te tornaste

Com paciência me ajudaste

Tantas birras me aturaste…

Para mim és especial

E como tu não há igual

Brindo à tua força e alegria

Quando a morte me abraçar

Quando a morte me abraçar

Não me deixes só, meu amor

Deixa-me despedir de ti

Para voar como um anjo

No imenso mar do Céu

Sem chorar o que perdi

Quero rever meus amigos

Meu pai, minha mãe e meu filho

Meus quatro irmãos

Que com amor dividiram nosso ninho

E enquanto minh` alma existir

Quero continuar a escrever

E se o tempo não me deixar

Quero que leias todos os dias

As minhas poesias

Poema alegre

Hoje senti vontade de escrever

Um poema alegre

Mas a tristeza que sinto

Não me permite sorrir

E as lágrimas caem-me de leve

Choro no breu do meu quarto

Para não ver meu rosto tristonho

Canto a poesia de olhos fechados

Em pensamento e em sonho

E se o amanhã for mais alegre

Excomungarei os males que me atormentam

Os lamentos, os ressentimentos

E traçarei numa folha de papel

Versos alegres, versos de amor

Versos de ternura e candura

Que cairão gota a gota do coração

Lembro-me de ti

 

Lembro-me de ti...

Ao acordar.

Recordo-te como um véu mágico

Que me envolve e me abraça

Cada amanhecer.

Lembro-me de ti...

Em todas as horas do meu dia.

Recordo o teu sorriso lindo

As palavras meigas

Que me dizes ao ouvido

Quando minha alma tem sede

De ti, meu Amor.

Lembro-me de ti...

Quando estou alegre

Penso no nosso jardim

Em cada rosa que me ofereces.

Lembro-me de ti...

Quando estou triste

Do teu carinho

Do nosso ninho

Do nosso cantinho

Fascinação

Consolei-me em tuas
 
tardes enfeitadas
 
de sortidos afectos
 
escorrendo o tempo na ampulheta
 
onde demarcamos a cronologia
 
copiosa dos nossos insurrectos desejos
 
 
Contentei-me descrente
 
ante os desafios de começar
 
ou recomeçar
 
dividindo esperanças indiferentes
 
autenticando toda a promessa

Preciso de...

Preciso de descansar dentro de mim.
Voar, voar até me cansar.
Preciso de gritar, sorrir…
Chorar e me acertar.
Preciso de sair deste labirinto.
Desatar nós, juntar cacos…
Expelir o que sinto.
Preciso contornar minha existência
Virar páginas, acordar…
Pintar de luz o sofrimento na sua essência.
Preciso de tranquilidade…

As tuas mãos

São mãos que me afagam...

Que concretizam sentimentos.

São mãos que me acariciam...

Mãos que me amparam

Em horas incertas.

As tuas mãos

São mãos que realizam sonhos

Sonhos mais íntimos.

Nas tuas mãos

Está o silêncio do teu olhar.

As tuas nãos

São como canções

Que eu não sei cantar

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