Concurso 1ª Antologia 100 Trovas Sobre cachaça * Antonio Cabral Filho - Rj

 
1ª ANTOLOGIA 100 TROVAS SOBRE CACHAÇA


Art. 1º - DO CONCURSO 
 
O concurso, 1ª Antologia 100 Trovas Sobre Cachaça, idealizado, promovido e organizado pelo escritor Antonio Cabral Filho, tem a cachaça apenas como tema central, podendo versar sobre quaisquer assuntos correlatos.
 
Art. - DAS INSCRIÇÕES

 

À beirinha do mar

Ficarei assim
 
à beirinha do mar
 
quando assim me procurares
 
abrindo as portas da vida
 
no regresso abreviado
 
onde em formosas cascatas
 
te faço primavera afeiçoada
 
 
À beirinha deste mar
 
iremos
 
tu e eu, amainando os
 
mesmos leitos onde correm
 
nossos rios
 

Com três palavras

Pois então
 
o que direi  somente
 
com três palavras apenas
 
se meus silêncios
 
calarem fundo
 
todo e qualquer sinónimo
 
na inconformada ausência
 
que entrelaçámos no tom
 
boémio das fascinadas canções
 
 
Que direi então
 
quando farejando a noite
 
te atrair à Lua comovida

MONÓLOGO DO POETA

MONÓLOGO DO POETA

Olá o que estás magicando e vendo?
Vai-te embora poeta com ar perverso?

Olha vai tu……..
Vou para aonde? Aqui vou escrevendo,
voando no verso…

Fraca desculpa, não é razão absoluta!
Anda, sai, vai para o teu Universo.

Olha vai tu…
Nesta persistência que persiste,
nas frases gastas, o poeta está nu…

Nós... os portugueses

É o pouco que nos une.
Um grande país de loucos
somos nós os filhos muitos
somos tantos portugueses
somos tantos tontos
e tão poucos loucos.
E a carne no assadouro
na fogueira das vaidades,
e poucos pagantes fregueses.
Haja quem nos pague
os poucos!
Há sempre quem nos gaste
os porcos!
E a carne ao lume que arde
dos loucos!
São tantas as vezes que arde
a carne!
E a dor que vem tão tarde.
quase sempre,
somos tão poucos às vezes,
porque somos tantos?

Fossem meus olhos...

Fossem meus olhos
 
bordados nos imensos céus
 
onde pairam os silêncios teus
 
e então trocaria de vez
 
o sentido impaciente com que descrevo
 
nossa entrega
 
sem indiferenças nem contemplações
 
à luz de plenas
 
recompensas e escravizantes ilusões
 
 
– Que me ornamentes as palavras
 

Pages