DONO DE MIM

Sou conexão entre o que penso e escrevo,

Em derredor de mim há arraigadas piratarias

Que tentam inundar-me de febris utopias

A fim de manipularem livremente meu acervo.

 

Sou estilo formatado num conteúdo definido

Em que a sensibilidade sigila planos fabricados

E dá à argumentação estradas sem ser atalhos

Por onde vagueio e exponho meus arquivos.

 

Sou particular dos enredos... Tenho oficinas

Que tecem meus retalhos e são minhas minas

Onde a criatividade adormece...  e desperta!

 

Quando vens ao Mundo

Vens ao mundo para conhecer

O tempo começa a contar

A oportunidade de novo entender

O espaço é limitado, o selo o teu lar

 

Onde a maldade não te reina

No teu coração ainda puro

O teu âmago aprende e treina

Os teus olhos sendo o muro

 

Moldado pelo tempo

Dividido pelo campo e a curiosidade

Desprotegido fica com sarampo

Chora abraçado á mãe da sinceridade

 

Mundo cruel, este tão selvagem

Que nos marca ao longo da vida

O destino incerto é a sua mensagem

SOY TU DESEO...

Tú serás siempre la razón

Que mi bolígrafo escribe sensual,

Partitura de una melodía universal

Donde el amor es mi inspiración.

 

Eres el regalo que vive en mi pecho,

Oro de las películas que son vida,

Antídoto eficaz de todas las heridas

Y  la  oración que mi boca ha hecho.

 

Conozco tus sueños más secretos

De la alma que eres y despierto

Oyendo la música que perfuma mi cama...

 

En mi nombre tu lengua reposa

Y delante del mundo y tantas cosas

SOLAMENTE TÚ

Yo no puedo cuestionar mi corazón,

Las personas sólo desean pedirme favor,

Yo estoy loco para tener un gran amor,

Pues todos los días escucho tu canción.

 

Deseo tener tus brazos, tu cuerpo entero,

Ven hablar palavras de amor em mis oídos,

No quiero sueño, quiero sentir los sonidos

Y en lo rocío de la mañana ser tu amor primero.

 

No puedo vivir sin tus ojos, sin tu boca...

Sin tu vida mi vida es siempre cosa poca

Y las flores de la primavera lloran tristes...

 

SOBRE OS MARES

Ergo-me setentrional e orador no Mediterrâneo,

Sou filho do tempo e adorador do Pacífico,

Navego em águas cristalinas com dons específicos

E sobre altares de pedra sou lutador espontâneo.

 

Desbravo as correntezas coadjuvantes do Atlântico

Perambulando sobre vagas revoltas e bravias,

Venço aos mares, não sou enciclopédia doentia

Que se envolve em torvelinhos que causam pânico.

 

Batalho inimigos que cruzam afoitos o Índico

E os faço prisioneiros por serem cruéis e cínicos

Poema improvável

~~* ~~* ~~* ~~* ~~* ~~*

Eis aqui uma folha de papel:
Branca, virgem, imaculada...
Simples e modesta como tantas outras.

Ante ela, olhares e sensibilidades múltiplas
Podem sempre ter reações distintas:
Encolher os ombros, ignorar e olhar sem emoção;
Ou imaginar cores, fogo, arte e vida;
Ou sentir ali, de forma espontânea, poesia em bruto.

Um poema pode pura e simplesmente
Ser invisível e não ter presença física
E passear-se no ar, com o vento e o sol,
Qual espírito de luz que alguém há-de absorver.

Frágil

Exalou daqui
 
minha áurea insegura
 
até aos confins do mundo
 
onde deleito
 
meus olhos e te contemplo
 
ávido às mãos sublimes
 
do Grande Criador
 
 
Ressarciste-me a solidão
 
redesenhaste-me
 
as órbitas dos seres graciosos
 
que vagueiam pela meiga noite
 
imaginando-te formosa

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