Uma ode à minha querida mãezinha

Uma ode à minha querida mãezinha

 

Queria eu dizer-te tudo que sinto para gentes,

Mas meus frugais versos me são ineficientes

Como descreverei eu a mais bela rosa já vivente

Como falar da perfeição em forma airosa feminina

Mãe, és tudo para mim, és a égide de minha vida

És a mais bela poesia traçada no olhar de menina...

 

Mãe palavra tão doce de se falar e de se guardar,

Um dom que o Divino entre nós o fez reinar

Minha poesia sem ti seria redundante e sem fim,

SATÃ E HITLER

Satã: Aqui em meu reino tua obra é bonita...
Hitler: O mundo me julga, mas também me imita!

Satã: Aqui em meu reino aplausos ouvirás...
Hitler: Mas só ouço os golpes nas covas das pás!

Satã: Aqui em meu reino tu és um dos meus...
Hitler: Assim como tu, eu sou obra de Deus!

Satã: Aqui em meu reino mereces louvor...
Hitler: Minha obra perdura só mudou o autor!

Satã: Aqui em meu reino te damos razão...
Hitler: Meu sonho era o sonho do povo alemão!

Recado em prosa

No prolongamento do julgamento social perdemos a capacidade de falar para dentro. Treinam-nos, ao longo da vida para um papel. Vamos criando paredes limite de decisão, construídas com blocos de regras e condições impostas naturalmente, como se do outro lado fosse fora de jogo.

Inconscientemente limitamos as nossas capacidades, semivivemos, porque o objeto final é amadurecer estereotipados, conforme o sitio onde vivemos e nos relacionamos.

Noite sem luar

Noite sem luar

 

Noite ! Abeirou-se solenemente

Trazida pela mão da escuridão.

Pousou a negritude firmemente,

Trazendo a tristeza da <Paixão >.

 

Aninhou-se sobre a terra, inclemente,

Lançando um negro véu de opressão !

Sob o silêncio ermo , inocente,

Se esconde desamor e solidão !

 

Nem astros...nem luz...a riscar o espaço

Mergulhados nesse manto de breu,

Manto sombrio que engoliu o céu !

 

Noite cega, sem luar ,negro intenso !

 Lugubridade que a terra cobriu

Sede de viver

Sede de viver
 
Quantas solidões teremos que sofrer 
e depois sair de mãos dadas 
com a esperança infinita
por cumprir na íntegra,
motivada e rendida 
nesta plenitude de tempo
que nos sacia e redime
qual sede de viver e amar;
assim percorro minha apatia erudita 
nesta imensa paisagem perfeita
encobrindo o delicado e esbelto verso meu
mil vezes repetido, 
tantas vezes ousado
à tua espreita

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