O despertar do verbo Amar

O despertar do verbo Amar

 

Persigo em mim, o despertar do verbo amar

em  poema que desfaz duas paredes,

 para construir uma fonte.

 

Em mim, despe-me e demora uma eternidade,

desenha-me defronte,

descobre-me a menina e faz-me mulher

prometendo amar o que só pode viver para sempre.

 

Fecho os olhos para ver a demora e

o regresso do tempo desperta a nostalgia

do silêncio afirmativo,

Devaneios da Mente

Primeiro a tua mão sobre o meu seio,

depois o roçar do joelho,

e o ventre mais à frente é a tua maré.

 

Então já a maré subiu de vez,

agora a mão já impõe,

já não embala, mas,

o beijo é a onda,

onde a boca exige:

o querer mais sal,

mais quente, e

já não há mais gesto que se invente.

 

Afagos de Amor e nudez,

somos a maré alta de quem ama,

por fim, a ternura,

Paixão

Estás aqui mais dentro que o sangue,

queimas as artérias,

a saliva,

os lábios,

Onde as línguas bebem o meu nada

que tende para os excessos.

 

Ferve-me a boca de desejo,

bebe-me as aflições do meu Mar,

tranca-me a onda de espuma

no teu porto,

pronuncia-me o respirar em cada sílaba do meu nome,

Fere-me o olhar de mulher felina em paixão ardente.

 

Faz nascer Desejos

Teus caminhos põe pedras no rio, e

sobes ao leito da boca onde somos,

duas bocas, duas línguas, e              

sós somos nus,

onde e quando ardemos.

 

A cama  ou a falésia ou a jangada, onde

as permutas de vapores,

de tempestades de incêndio faz-se excessos,

são os meus desejos.

Refluxo de lábio desmaiado toca o fundo infinito.

somos o vento que sopra outra maré,

ardemos ou morremos?

 

Amor

Amor…

duas sílabas que mobilizam o dicionário das palavras,

estás lá, no meu livro,

 silente,

desmaiada,

entre linhas do saber

com a máscara mais verdadeira que o sentir.

 

Gila Moreira 28/01/2014

" Lamento.. o Mundo"

“ Lamento o Mundo”

Fugi, insurgi, divaguei na minha ausência,

Aqui, depois ali, em lado algum, me conheci...

No invisível, que sonhei, fiquei na Alma onde surgi,

Roubei o tempo, e na vontade eu me escondi,

E ali no nada, éter na vida, danço com a morte,

Desnudo o corpo, sou divindade, sou transparência...

 

Ambiguidade, dualidade, intransigência,

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