Messias...

Profeta das mil e uma noites,
chegas anunciando o Amor,
eu rendo-me à tua crença,
entrego-me em teu calor...
Sigo-te estrada adentro,
por esses caminhos de ti,
peregrino sobre o teu corpo,
na esperança de te ter em mim...
Bebo das tuas palavras,
da tua carne eu como o pão,
que o diabo amassou,
junto com o meu coração...
Trazes vida à minha vida,
fé à minha descrença,
embutiste-te na minha pele,
sem sequer pedir licença...
De onde vens não importa,

O que somos

Um vazio que pretendemos preecher, vazio vao e nú

O silêncio correndo nas nossas veias, por onde andamos

A saudade que és tu o sentimento que perdemos

Escorrendo pelas lágrimas que deitamos dolorosamente

No silêncio de quem chora a partida de toda a gente

Inquietante é o vazio que nos persegue

Sem culpas no criva de gritos rebentando os poros da pele

Pela felicidade que já existiu, e ficou lá atrás

Com ela levou, risos e vozes, e nunca mais voltaram

Despidas as almas, tristes e infelizes

Destino

Cruzei-me com o teu olhar, segui os teus passos

Prendi-me no teu corpo enrolei-me nos teus braços

Teus lábios torenados meu corpo percorreram

Ficamos enlaçados,nossas almas se encontraram

Passamos a corrente do antes e depois

Só o amor assim sente, somos um, e não dois

Atravessamos a luz que nos transportou

O passado é o presente, que jamais acabou

Unidos pelo tempo que a nós pertence

O destino dominante, que as almas não vence

Amizade

Amizade é amor puro

Nada se espera em troca do que se dá

Esta é uma forma diferente de amar

Sim, o amor liberta-nos

Tudo brilha com a luz desse olhar

A amizade deixa-nos leves, livres

Mesmo num dia cinzento, tudo se ilumina

Com a luz de um olhar amigo

Qualquer rosto nublado, se abre para o amor

Transmite alegria e felicidade

Nada seria possível sem o dom da amizade

Quando estendes a tua mão para apoiar um amigo

Levas no peito a alegria que ficará sempre contigo

Com amizade,nada te faltará 

EU

Sou o centro de mim mesma

Na encruzilhada que sigo

Só eu posso desistir, sentir e escutar o que digo

Tenho restos, até resmas, de cantos por definir

No meu eu, que teima em seguir

Caminho lentamente, um dia da cada vez

Luto com o meu pensamento

Para não me quebrar de vez

Num grito surdo, quero dizer

Que não sou a única assim, que tudo posso perder

O desespero e a ansiedade que me querem ferir

As perguntas saem sem que as possa definir

As respostas nem se deixam ouvir

Neve

Cai neve lá fora sinto-me encurralada

Se o tempo não melhora, não posso sair, não posso fazer nada

Resta-me pegar no livro que á muito esqueci

Olhando através do vidro que com o meu calor humedeci

O tempo está passando, está frio lá fora

A neve que teima em cair, cai a toda a hora

Continuo lendo o meu livro, desviando o meu olhar

Para ver a neve cair, e a rua com ela se cobrir

Desfolhando cada página que me leva a sonhar

Um novo pensamento a cada leitura

Uma história que me faz sorrir

MAGOA

Como é dificil urtrapassar a dor

Como doi a falta de carinho

Um toque que deixa marca 

Que nos atravessa baixinho

A dor que nunca passa

Que nos faz chorar devagarinho

A falta de atençao, de carinho, doi e fere, é terrível

Para quem se sente sózinho

Instala-se facilmente, como um virús sem cura

Que nos traí sem tocar, que nos derruba e nos cala

Com um simples olhar que outrora nos encantou

Também nos deixa abalar, a quem pensamos que nos amou

Mesmo gritando cá dentro, ninguém  nos consegue alcansar

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