Sou dentro o clarão nos poemas da Florbela Espanca

Noivado estranho no coração deserto

é Cegueira constante da memória

que alastra e queima em Maior tortura no vazio  de um livro.

 

Que Desalento o poema do poeta Só  e Errante.

Texto de sílabas derrama a lava dos vulcões

em papel branco de mim

ferindo o peito roto onde bate o ritmo dos meus Sonhos.

 

Amores Perfeitos...

Amores Perfeitos...

Sarámos num mundo tão despido,
onde em tempos demos mãos comprometidas,
construímos o nosso túmulo às escondidas,
em festim de metáforas sem sentido.

Das sombras ecoavam palavras perdidas,
eufemismos de enfermo, não de amigo,
há espinhos onde outrora foi postigo,
e há cadáveres, chagas... despedidas.

Nesse mundo há alicerces de vime,
presos por uma corda sublime
feita dos teus cabelos e jeitos!

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