Fome do tempo

A Oeste segue-me deleitosa
 
e vigilante
 
a vida transbordando de assédios
 
segurando a tirania do tempo
 
que me vence,veloz
 
devastando qualquer rota
 
onde caminho inseguro
 
rumo à eternidade
 
em trilhas magnificas
 
de silêncios evocados num lamento
 
que nem mais me conforta
 
 

Largo dali

Passou mais um dia onde até de tempo são feitas as lendas
A mais um padeiro que de manhã faz notáveis merendas
Mais um dia ao lado do nada que fica no largo dali.
 
Nesse nada de largo com casas sem tormentas
O cuco falso do relógio dá na parede umas horas lentas
A mais um relojoeiro que perdeu um parafuso pois vive no largo dali.
 
Passou mais um dia ao lado do nada que fica no largo dali
Já sem espera, sem gosto e desgosto, sem queixume ou ardume

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