EU FALO
Autor: Madalena on Friday, 19 July 2013Eu falo, tu calas...
ouvindo minha fala.
Madalena Cordeiro
Eu falo, tu calas...
ouvindo minha fala.
Madalena Cordeiro
54 EU TE AMO MEU AMOR
Quero que saiba, que sempre estarei ao seu lado, em todas as horas.
- As mais e as menos importantes!
Deus uniu nossos caminhos e abençoou nossas vidas e juntos somos um...
Um único amor incondicional e puro.
- Meu companheiro de todas as horas, meu amigo, meu confidente, meu amante e meu homem...você ilumina meus passos e me inspira pra querer lutar e vencer sempre.
- Eu te amo minha vida, meu amor!
Madalena Cordeiro
Finalmente a paz reina no meu chão, que emoção
Alguém trouxe cobertas para o frio dos meus pés
Com ela também veio o calor que eu precisava
Suturas nas feridas foram feitas com todo cuidado
A hemorragia cessou, o sangue esquentou
Não foi necessária uma transfusão, só carinho
O coração voltou ao seu ritmo normal
Além disso a enfermeira é linda de morrer
Charles Silva
Aeroportos
A nova poesia está nas telas, ávidos olhos leem
Um brinde ao passado, um copo de cerveja quente estragado
Venha sim a nova taça de vinho refinado, gelado
Amanhã estarei do lado de quem ora sabe de mim
Serei mais que teu homem, mais que amigo, um abrigo
Eu te cuido, tu me cuidas, cuidamos nós de nós
Fica bem, fico bem, estou bem, fiquemos bem
Temos dinheiro, e os aeroportos não saem do lugar
Charles Silva
A vez primeira que ela foi vista,
Seviciadas eram as palavras numa pacata voz,
Qual se amada doce nos trovões suaves
De dias quedados perante horizontes inteiros.
A idade cumprimentou o tísico tempo
Ai de nós! Ai de nós!
Mulher de busto sol-posto
Amarelo borrado de vermelho
Tarde penetrada lentamente pelo ouro quente.
Quem sois?
És para mim cabotino sem graça
Pobre amargo, louco sem dente...
Joana amava assim
Joana era assim, qualquer pequeno espaço, corria pra outros braços
Joana era assim, qualquer pausa, em outras pernas encaixava
Joana era assim, quando brigava, outros lábios beijava
Joana era assim, por vingança, os amigos levava pra cama
Joana era assim, se entregava pra outros homens
Joana era assim, se entregava pra outras mulheres
Joana era assim, cobrava atitudes, quando as suas eram assim
Joana era assim, dizia que amava, mas amava assim
Charles Silva
O Sol pediu para clarear o seu caminho
Mas você ofuscou a luz dele
E ele ficou perplexo com seu encanto.
Quando o Sol se deitou,
Contou às estrelas sobre você
E todas elas vieram conferir
E se acharam pequenininhas.
Aí você cruzou meu caminho
E encheu meus olhos com sua beleza indizível,
Com um encanto inexplicável,
Com um sorriso arrebatador
E então me perdi.
De tanto olhar para você
Fiquei cego com tanto brilho
Agora não sei mais meu rumo
Percebo a graça do azul
Num céu branco que reflete o mar
Que reflete a vida
Que é uma parte do infinito.
Percebo o brilho do que é negro
Na noite que destila estrelas
Que vigiam o sono
Que precede a luz da vida.
Percebo o cuidado do verde
Na natureza que me cerca
E que compõe o mundo
De tantas nuances tão pitorescas.
Percebo a desolação do cinza
Quando vejo a vida monocromática
E olho pro lado e não te encontro,
Pois sem você não há cor.
Silêncio!
Vamos ouvir a sinfonia dos mudos,
Vamos abraçar os fantasmas,
Ver o brilho da escuridão,
Rever todas as verdades.
Estou fora.
Assisto à parte tudo o que me ocorre.
Atuo num filme que não conheço o roteiro
(É um drama sem “quebra de tensão”;
Com “bandidos” por todos os lados
E sem nenhum “ajudante do mocinho”),
Corro o risco de não chegar ao fim;
Fui posto num caleidoscópio irracional.
Tenho fantasmas por sombra,
Não confio mais em mim mesmo,
Já fui nova, novinha em folha
Mas ai de mim, já nem sei!
Se o espelho quando me olha?!
- Pensa que outra serei!
Nem sei qual estou sendo
Pois ai de mim já nem sei!
Meus olhos verdes morrendo
- Depressa daqui me irei.
Já fui de amores e afagos
Já fui ave do céu com ninho
Já fui dum cacho seus bagos
Agora que sou? Nem adivinho!?
- Já fui moça estremecida
- Um pedaço de horizonte!
- Já fui lezíria de Vida,
Hoje? Não passo dum monte.