De mim...
Autor: Maria Teresa Sá... on Friday, 24 May 2013
QUANDO ESCREVO
Quando escrevo, canto os meus mistérios
Acaricio os meus pecados
Beatifico os sonhos desperdiçados
E retifico os equívocos mais sinceros
Escrevo para levar a beleza ao sofrimento
Para comover o ódio
Para desentender o óbvio
Para fazer o silencio rir do lamento
Escrevo para acordar a dúvida
Para abençoar os céticos
Para priorizar os ecléticos
Para suavizar minha dívida
Quando escrevo, liberto os olhares
ANGUSTIA
Ouço teu silencio estrangular meu riso
Vejo tua sombra roubar meu sono
E até a lucidez desse poeta insano
Delirante em febre desejou o abismo
Quantas noites precisarei chorar?
Com essas verdades a violentar meus sonhos
Loucos sorrateiros de verdades em punho
Mutilando o encanto do real ninar
E quando o grito eu precisei calar
O teu olhar aflito minha alma transpassou
Como um punhal de fogo, ácido e dor
Dilacerando os planos que eu quis ousar
ANGUSTIA
Ouço teu silencio estrangular meu riso
Vejo tua sombra roubar meu sono
E até a lucidez desse poeta insano
Delirante em febre desejou o abismo
Quantas noites precisarei chorar?
Com essas verdades a violentar meus sonhos
Loucos sorrateiros de verdades em punho
Mutilando o encanto do real ninar
E quando o grito eu precisei calar
O teu olhar aflito minha alma transpassou
Como um punhal de fogo, ácido e dor
Dilacerando os planos que eu quis ousar
(Fragmentos de um Dueto)
A saudade que ora sinto
Parece que aumenta
É um jogo de ir e vir
E Ilumina a nossa aura
E o coração esquente
Como ao tomar vinho tinto
No íntimo do amor sentido
Há escondido um anseio
Perscrutando cada emoção
De um sonho que foi vivido
E que agora é devaneio
No fundo do coração
Em um sonho idealizado
Quando ao mirar o mar
Com olhar maravilhado
Certeza de voltar a amar
Na sombra da árvore da saudade
Repousam todos os espíritos em agonia
Sob o frio estridente da realidade
Deste mundo cego de tirania!
A saudade tem o cheiro da flor de begónia
E as entranhas de uma majestosa cidade
Lugar onde se passeia como na Babilónia
De mãos dadas com a ingenuidade…
Nos bosques perdidos da ironia
Onde a saudade alcança a imortalidade
Choram todas as divindades em cerimónia.
Tento entender o porquê O porquê desse sofrimento Nós ficamos à mercê De todos os sentimentos