Sorrisos cordões do amor
Autor: Adriano Alcantra on Sunday, 19 May 2013
Ela era um talher de prata,
Ele uma manhã de cama macia.
Tudo que dois jovens não eram
Eles eram
E como eram.
Lembro que um segurava o som com os ouvidos
O outro dançava na calçada da noite nua.
Mundos foram bailes e universos lábios
Pernas de sono e gestos carentes de sim
Ouvia-os sempre que estavam ausentes de minha
Tumultuada vida de jardim feito para borboletas
E canários de sol.
Será que cordões amarram em nó todo o universo
Ainda feito de seda e canção para ninar?
Era
Autor: CharlesSilva on Sunday, 19 May 2013Era
Era tarde e um vento frio entrava pelas frestas da janela
Era madrugada e eu vigiava o teu sono tranqüilo
Era o sono que me faltava e eu contemplava o teu
Era um cenário, pouca luz, muito silêncio
Era eu querendo ver o amanhecer
Era eu esperando tu despertar
Era eu querendo ver teus olhos
Era eu querendo dizer-te bom dia
Era eu querendo ver teu sorriso
Era um tempo em que era feliz
Charles Silva
Emoções
Autor: CharlesSilva on Sunday, 19 May 2013Naftalina
Autor: CharlesSilva on Sunday, 19 May 2013Naftalina
Guardei no armário algumas velhas emoções. No fundo de uma gaveta junto com algumas bolinhas de naftalina, pois não quero que elas mofem nunca. Porque mofado estou eu sem essas velhas emoções que tanto me fizeram bem.
CANÇÃO DO LOUCO
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 19 May 2013Sob trêmulas sombras ando,
Como um verme desalmado.
Julgais-me um anjo nefando,
À mofa sou destinado!
Em meu mundo vive um bando
De colossos desvairados.
Ouço a voz de um rouco
E à noite, ele me acompanha.
Disse-me ser um dos poucos,
Que de mim não sente sanha.
E, afirma que me fez louco,
Porque a vida é mesmo estranha.
Muitas vezes, um tormento
A luz que me guia invade;
Em veneta, no nevoento
Universo dos covardes,
Eu choro como um avarento
Que não tem mais seu alarde.
TRANSCEDÊNCIA
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 19 May 2013De repente estarei em teu mundo,
Onde evoluiu o pensamento
E derredor não existe o medo;
Navegando neste céu profundo,
No infinito, em um sombrio momento
Conhecerei teu real segredo.
Sentindo a alma leve flutuar,
O silêncio das fúrias passadas,
O coração puro e venturoso,
Em teu solo muito a caminhar
Saberei que as terrestres estradas
Tornaram-me, assim, impiedoso.
Hora
Autor: CharlesSilva on Sunday, 19 May 2013Hora
Hora de sermos o que de fato somos, sem dores, sem amores, sem paixões confusas. Hora do silêncio dos corpos, do quarto, do armário. Hora que não quero ver minha cara no espelho, pois tenho dor nos olhos. Hora era meu, hora era teu, hora era nosso, aquele louco amor que hora morreu.
Charles Silva
Puro Instinto
Autor: CharlesSilva on Sunday, 19 May 2013Logo que a porta se fechou, ela pulou sobre ele como uma felina sedenta. Boca entreaberta, olhos semi cerrados, arrancou suas roupas apressadamente, em segundos, estava nua. Tirou violentamente toda a sua roupa e sapatos, começando a mordê-lo suavemente, deixando escorrer a saliva de sua boca sobre ele. Jogou-o no chão e postou-se de cócoras sobre o seu rosto, fazendo movimentos lentos, deixando seu líquido íntimo lambuzar todo o seu rosto. Estranhos sons saiam de sua boca, a volúpia corroia sua libido extraordinariamente.