Protesto
Autor: Francisco Almei... on Friday, 21 October 2022Já todos vimos
Meninas e Meninos
A defender a liberdade
De armas na mão.
Diz-me tu, Sylvan
Horror maior o delas
Ou de quem viu?
Não poderia dizer
Se mais miupe a lente
Da cara ou coroa
Que de costas de frente
Juram a insanidade do seu reflexo
Que de costas de frente
Sofrem a violação espontânea
Da Liberdade.
DE QUEM? Aliás, pergunto-lhe,
PARA QUÊ?
Para que sintam na boca o amargo
De a perder?
Para que a tenham de convencer
Novamente
Ofício
Autor: Francisco Almei... on Friday, 21 October 2022No fundo
Desenho nas cinzas
O que elas falam para mim
Balbucio-lhes um mumúrio
De resistência efémera
Insuflada pela imortalidade
Fugaz
Se frui
O fumo que me oculta
A evidência de me ser
Sozinho
Calado
Insatisfeito
Sempre
Com tudo aquilo que ainda não
Sou
Arquiteto de poemas
Engenheiro do descontentamento
Mestre da solidão
Dia do poeta
Autor: Reirazinho on Friday, 21 October 2022Meus surtos diários
Autor: Reirazinho on Thursday, 20 October 2022Surto por dentro todos os dias.
Sinto vontade de correr sem parar,
Mas as pernas atrofiaram.
Vejo a minha frente um bosque,
Sua relva é macia e o sol brilha,
Mas por algum motivo, lá chove.
Todo dia o céu perde uma nuvem.
A cada dia as gotas caem sozinhas,
Sem condicionantes para tal.
Estou inerte, molhado e apático,
Ninguém pode me ajudar
Todos têm o seu caminho, e
Eu tenho o meu.
A diferença é que meu caminho
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Thursday, 20 October 2022há timoneiros que esculpem nos povos arremedos distantes das suas raízes; que libertam o cheiro acre da violência naqueles que os impugnam; que ostracizam aqueles que se protegem dos seus clamores furibundos.
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 18 October 2022relevo a poesia que dirime a tristeza do seu autor; que robustece os aforismos que proliferam nos cânticos rotineiros; que extrai do seu âmago a ternura para que ela possa singrar.