JARDIM

                                     JARDIM

DEUS descansou no sétimo dia, porque havia só um casal no paraíso.

Eles não conhecia o bem e o mal...

Só conhecia sorriso!

  Depois que o Adão  comeu a fruta, que a Eva deu...

    Aí  aconteceu!

A Eva foi e deu!

Os dois nús no jardim, pobre de mim!

Queria estar lá, mas estou aqui...

O povo multiplicou!

E Deus nunca mais descançou!

E se Ele fizer greve e parar?

O mundo vai acabar!

 

Autora: Madalena Cordeiro

NOSSA HISTÓRIA

NOSSA HISTÓRIA

Mãe,
A nossa história é tão linda.
Nesse amor que nunca se finda.
Onde alegrias e tristezas só ela conhece,
Em meu destino que a vida agradece.

Mãe,
Zelosa e preocupada.
Com o seu filho nessa estrada.
Onde a esperança vagueia no futuro,
Pois quando estou com você me sinto seguro.

Um coração que se apega a família,
Uma mulher vivida nessa trilha.
Que compartilha sua história comigo,
Nessa trajetória do seu abrigo.

OS SONHOS DE MÃE

OS SONHOS DE MÃE

Os sonhos de mãe,
Que a vida oferece.
Em seu dilema,
Que o destino enaltece.

Sonhos de mãe,
Esposa e trabalhadora.
Que tem carinho,
De uma mulher vencedora.
Em seu desejo que sempre é uma prioridade,
De realizar o seu anseio nessa amizade.

Em sua história que você vai conhecer,
A trajetória do sofrer e do prazer.
No seu dia a dia de viver,
Ser mãe é uma condição do querer.
Que traz a vida em qualquer lugar do mundo,
O seu sentimento mais profundo.

MÃE É ALGO GRATIFICANTE

MÃE É ALGO GRATIFICANTE

A vida nada mais é,
Do que sua história de fé.
Onde a vida em questão,
Tem a sua participação.
De alma e coração,

Mãe,
Que leva a sério.
Sem segredos sem mistério.
Onde sua esperança,
Nunca é frustrada nessa aliança.
Onde cada dia Deus escreve o seu dilema.
Que já se conhece na vida de seu poema.

Sobre a vida

A vida é...

Um cruzar de caminhos
Tropeçando na morte
Afagando a sorte
Em dias risonhos.

Colorir o céu de sonhos
Com a sede da razão
Festejar a ilusão
E queimar os espinhos.

Plantar um campo de medronhos
Mesmo sem possuir Terra
E regá-los com mil carinhos.

Ver os pássaros abandonarem os ninhos
E deixa-los voar em liberdade até à Serra
Sem os lamentos dos vizinhos!

Sutura

No silêncio escuro da noite
Ilumina-me esta breve consciência:
Os outros desistiram de mim,
Eu há muito desisti dos outros!
A solidão em que agora me percebo
É o reflexo do cego isolamento
Que sempre procurei dos outros...
Misantropo, eis o que me tornei!

Genuinidade Fingida

A sensibilidade da vida tenho-a no coração,
Não a tenho na língua, não a tenho na mão.
Tenho-a no lugar onde minhas emoções estão.
Estão no meu coração, que é como quem diz!
São intelecto, do qual sou ainda aprendiz...
Ainda me permito demasiado a censura do giz.
Seus traços brancos me tornam fingida a essência
Duma artificial poesia que sempre raza a vivência
Sem penetrar nunca o âmago da genuína dolência,
Dessa dor que me consome viva a alma atormentada
Que não consigo expressar co'a franqueza desejada

Átropos, Minha Belladonna

I

Belladonna, minha dona bela!
Que em ti trazes o doce veneno
De uma trágica morte amarela.
(Salvação do meu viver pequeno...)

Tu, bela, que nas sombras moras
E quase sempre o sol evitas,
Deixa-me comer tuas amoras
Embriagar-me com as pepitas!

Anda ter comigo, ó Belladonna
Que o destino uniu-nos sem igual!
Não t'armes comigo em primadonna,
Quero a libertação deste mal!

Dilata-me as pupilas,
Que te eu quero ver melhor!
Amansa-me estes espasmos,
Deste persistir com dor...

Ambiguidades

Vivo a minha parca vida
Em sobressaltos e solavancos
Tenho os sentimentos mancos
E a consciência entorpecida

Pois aquando me alegro
Não tarda o desengano...
Sinto o cerrar do pano
Da minha felicidade.

Mas porque? Se ainda
Nem sinto o peso da idade...
Haverá uma razão
Para tal ambiguidade?

Soneto Esquizóide

Desperta a primaveril nostalgia,
Após longos e chorosos dias
De densa, tão cinzenta invernia
De fazer finar em noites frias.

Brilha-me o sol nos olhos, agora.
Momentaneamente esqueço as vis horas
Em que o meu ser sempre se demora
E tarda a sair, sem vislumbrar melhoras.

Oh bipolaridade nefasta que me corrompes!
Que a mim me trancas em negros pensamentos
E só por vezes levas à rua beber das fontes!

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