Que sou eu

 

Quem sou eu

Sou Judeu não ateu

 Sábio um tanto louco

Médico um pouco Monstro

Roqueiro amante da bossa nova e MPB

Sou o poeta que não sabe o que é amar

Sou tudo e nada ao mesmo tempo

Sou aquele que toca guitarra invisível no ônibus...

Sou aquele que vive sorrindo à toa e que chora sem motivos

 Sou um ser estranho pernóstico

Sou o que não sou também não sou o que sou

Sou uma metamorfose constante redundante

Mudo de revés sem motivos talvez

FLOR DO AMOR

Como pode existir tão bela flor
Que se destaca em qualquer jardim?
Que incensa e exala o puro amor
E encanta um humilde jasmim?

Tão formosa perfuma e seduz!
Tem a cor que a qualquer um agrada.
O seu brilho ofusca até a luz!
Tem a delicadeza de uma fada.

Extasias os olhos deste Orfeu,
Que por ti pode até tocar a lira!
Quando meus olhos vêem esses teus
Encontram sorrindo a própria vida.

Do livro Poemas de Amor sem Fim

COMO TE COMPREENDO...

Justiça! Onde paras minha amiga?

Tento encontrar-te por toda a cidade

Não sei o que é feito de ti!

Fizeram-te mal?

Tiraram-te a virtude de seres justa

E desapareceste com vergonha de ti própria?

Foi isso não foi?

Bem me parecia.

Andam tantos malandros

Tantos criminosos á solta

E tu nada fazes

Sentes-te impotente

Castrada, pois é

Mas quem te faz tudo isto?

PUDERA EU SER

Pudera eu ser mar, poderoso e forte

Que nada teme, na sua vastidão imensa!

Pudera eu ser pedra que não ri nem pensa

Pudera eu ser vento, ser o vento norte!

 

Pudera eu ser trovão, com o seu poderio

Ser luz, ser sol, que ilumina a alma!

Uma alta montanha, um imenso rio

Trazer no seu leito, o amor, a calma…

 

Saudades

                                                    SAUDADES 

 

 

A saudades não me ouviu

Foi ao meu encontro num abraço intenso e profundo.

A saudade não me ouviu 

 

Desejei teu toque.

O olhar dilatodo ,fixo.

Como queres

Como queres que te abrace?
Não sou mais do que um
Chocolate amargo
Derretido em papel imundo.

Como queres que te abrace,
Se o meu corpo não vê
Sinais do teu olhar doce
Em assobios de solidão?

Como queres que te abrace?
A noite vai pequena, gorda,
Os corações vão em desmaio!

Mosath

Verbos da Vida

Eu olhei. Tu olhaste. Nos olhamos

Eu quis. Tu quiseste. Nos queremos

Eu disse. Tu disseste. Nos dissemos

Eu amei. Tu amaste. Nos amamos.

 

Eu esperei. Tu esperaste. Nos esperamos

Eu menti. Tu mentiste. Nos mentimos

Eu resisti. Tu resististe. Nos resistimos

Eu fechei. Tu fechaste. Nos fechamos.

 

Eu debati. Tu debateste. Nos debatemos

Eu perdi. Tu perdeste. Nos perdemos

Eu cansei. Tu cansaste. Nos cansamos;

 

Eu desisti. Tu desististe. Nos desistimos

Dou-lhe este meu amor

Dou-lhe este meu amor
Por ter sempre sonhado
Querendo ao seu lado
Um verdadeiro amor

Dou-lhe por merecer
Tudo o que eu tenho
Em mim, principalmente o prazer.
De poder sentir, sua satisfação.
Pelo que eu dei
A você por ter merecido

Dou-lhe este meu amor
Pelo tempo que desejar usa-lo
Jamais ficarei triste
Por esta opção ser minha
Se eu desejo a felicidade
Quero também que se sinta a vontade

Deixarei de lhe dar
Quando não mais quiser
Este meu calor
Com o verdadeiro prazer

O voo da vida

Voam os abutres
Dos altos penhascos ilustres
Sobre os rios tristes da realidade
Libertos de vaidade.

Voam com o vento
Nas asas do pensamento
Através do mundo
Que acorda sorrindo.

Nas horas frias do relógio
Na cede do elogio
Tudo voa num segundo
Nas mãos do vagabundo.

Inventam-se arraiais
O barco baloiça no cais
O Sol deita-se no horizonte
Voam os pardais da fonte.

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