Soneto de Casamento

 

Te adonaste de mim por inteiro,

Me entreguei, me entrego a ti sem pudor

Nem receio de ser teu canteiro

Para plantares em mim teu amor.

 

Dar-te-ei os frutos verdadeiros,

Os mais doces e belos em favor

Do amor que te juro, sem receios

De ver negada a alegria e o louvos

 

Da solidão dos dias... e das noites

-Essas sim, perversas companheiras:

Viciosas, ilusórias, traiçoeiras!

 

A isso renuncio pelos açoites

Da maltratante paixão restante

" profundidade e sentir "

“ Profundidade e Sentir ”
Vinhas a caminhar, lentamente ao sair do lago azul e na boca; trazias pérolas como se todas elas nascessem de dentro de ti e no fundo do lago; as guardavas – adormecidas…
Um profundo beijo no fundo do teu olhar e uma perplexidade na forma de pensar e de decidir, ate quando a realidade vai fazer parte da interrupção do sonho!
Sentir que lá no fundo por vezes somos um só, e que uma reviravolta no universo, nada poderia ter a ver connosco e em nada modificaria esse Sentir!
Pode, ate o medo se apoderar do coração!

SOU

 

 

 

 

Sou tempestade de areia
Que no deserto se agita
Sou a voz que não se ouve
Mas que fala, mas que grita

Sou a voz da consciência
Que acorda moribundos
Sou a luz da minha sombra
Que brilha entre dois mundos

Sou a outra parte de mim
Que há muito de mim fugiu
Sou o eu, que em mim habita
Que nunca de mim saiu

Sou a árvore que renasce
Da raiz da minha morte
Sou a força da inércia
Que dá outro rumo ao norte

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