Aos que choram

Mãos sobre os ombros do fim de semana
Vidros olhos da mentira e aleluia
Favas indecentes
Muro de concreto – sangue do regresso

Lembranças de asas longas
Perdem a corrida do tempo
Que não tem preguiça

As letras boas que jaz no passado
Inspiraram esta fuga cata-vento
Em montes uivantes do “surdooeste”

A culpa safou-se,
Verás as andorinhas feitas de V
Escalarem todos os ventos protegidos pelo verde
E o negro das pedras.

Gritos escapolem da garganta

Serás o espinho e a cruz

MISTERIOSO OLHAR

 

Parei pra ver teus olhos,  um tesouro em  par! 
Ai  de mim! Por que fiz tamanha insensatez?
Esmeraldas lapidadas de raro jaez
Que o bardo  (em segredo) se pôs  a admirar!
 
Pedras raras ofuscando o brilho do luar;
Imenso  oceano, floresta virgem ou  talvez
Tela no infinito pintada   em tua tez
Com o verde do mar, céu azul e luz solar!
 
Olhos que ( entretanto) são  prenhes  de mistério:
Dizem tudo e nada  dizem , transcendem em prece
E ao mesmo tempo  inspiram amor deletério...
 
Misterioso amor  que veio sem  avisar,
(Ainda que jamais  o bardo tanto  confesse)
Do secreto verde-oliva deste teu  olhar!
 

Nelson de Medeiros

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DEUS

                                         DEUS

O DEUS que surpreende, que me ensina sempre.

   Que eu preciso confiar, mesmo sem compreender.

E faz o sol brilhar para mim, inédito outra vez!

 

Autora: Madalena Cordeiro

Devaneio

Teus olhos são a luz
para o meu coração,
é ela que me conduz
quando estou na escuridão

Quando me olham brilham,
mas não sei explicar,
se é minha ilusão
ou se me estás a amar

Se é meu devaneio
quando os vejo brilhar,
espero com anseio
nunca mais acordar

Meu coração chama por ti,
está à espera do teu amor,
só eu sei como sofri,
por não ouvires o seu clamor

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