a Palavra Poesia
Autor: Emanuel de Abreu on Thursday, 28 March 2013Desde o pensamento,
á fala subentendida,
a mágica da poesia,
abunda sua vida.
Desde o pensamento,
á fala subentendida,
a mágica da poesia,
abunda sua vida.
Simples,
é como me trata,
sínico,
é como me mata,
se tens de me tratar com educação,
vejo a negação,
estampada na testa,
que por mim já foi beijada,
e amada,
como sinal de respeito,
a teu simples jeito de amar.
Te sinto
Te quero
Onde estás
Quando te espero?
Serás adultério,
ou tampouco teu esmero,
pelo que não tens para dar,
a mim,
não tende guardar,
o rancor de uma vida,
e apenas,
Se com os olhos vejo o vento,
e com o nariz sinto o doce de seu perfume,
com os ouvidos ouço o veludo da sua voz,
eu tento,
com a boca sentir o borbulhar da sua mente,
e o afago, qual necessita seu coração.
No espelho mora um ser,
um tanto descrente,
que no fundo ausente,
a toda hora me surpreende,
no contento descontente,
te vejo,
e no fundo te vejo,
querendo um beijo,
da doce boca,
a qual eu desejo...
Tenho a todos,
A todo o tempo,
Tenho as coisas,
a cada tic-tac,
só aquele brilho que me falta,
brilho doce,
que surge de ti,
dos teus olhos,
e alaga me pensamento,
fazendo confusão no sentimento,
que guardo por ti,
no relento por medo,
no desejo de teu beijo...
Nos teus olhos vive um brilho,
que visto pelos meus
MINAS PARA A POSTERIDADE
A posteridade é amanhã,
É a manhã que supomos ensolarada
Pelo nosso desejo de luz e calor.
E só o nosso desejo a faz assim:
Iluminada!
As reverberações dos raios do sol nos portais,
Os cotovelos na madeira aquecida das janelas
Abertas de par em par,
Uma a uma
E todas ao mesmo tempo
Na rua que desperta.
A posteridade se escoa
E se coa como o café de cheiro forte
Que paira no ar por alguns instantes
Há alguns séculos
Nas cozinhas de Minas Gerais.