Tento

 Se com os olhos vejo o vento,

e com o nariz sinto o doce de seu perfume,

com os ouvidos ouço o veludo da sua voz,

eu tento,

com a boca sentir o borbulhar da sua mente,

e o afago, qual necessita seu coração.

MINAS PARA A POSTERIDADE

MINAS PARA A POSTERIDADE

A posteridade é amanhã,

É a manhã que supomos ensolarada

Pelo nosso desejo de luz e calor.

E só o nosso desejo a faz assim:

Iluminada!

As reverberações dos raios do sol nos portais,

Os cotovelos na madeira aquecida das janelas

Abertas de par em par, 

Uma a uma

E todas ao mesmo tempo 

Na rua que desperta.

A posteridade se escoa

E se coa  como o café de cheiro forte

Que paira no ar por alguns instantes

Há alguns séculos

Nas cozinhas de Minas Gerais.

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