A mesa e uma lágrima
Autor: Alessandro Moura on Monday, 21 January 2013Hoje é domingo.
Quanta gente pelas ruas!
É tanta alegria que não dá pra contar...
Até os carros brincam nas esquinas!
E eu aqui querendo dessa magnifica essência me contagiar.
A noite engatinha...
Boceja de sono.
Ninguém na mesa sentou.
Nem encontro, nem beijos.
De novo uma lágrima vulcânica me nocauteou.
O céu pesaroso não furtou sua luz.
E de esperança me falou
Mas, ao amanhecer...
A luz da incerteza outra vez me transpassou.
Tanto luxo pra quê?
A maior expressão de amor
Autor: Alessandro Moura on Monday, 21 January 2013Jesus veio ao mundo como um simples Galileu.
Seus amigos eram os pobres,
Os pecadores
Uma pequena classe de judeus.
O mundo antigo não deu valor algum àquele que asseverava ser filho legítimo do Deus dos seus antepassados
E Alves de lhe tratarem com honras...
Externarem-lhe respeito
Tinham-lhe como um impostor, que comungava com os marginalizados.
Mas, a cada dia ele surpreendia.
Era tido no meio dos doutores
Também dos sábios mais importantes de sua época,
SER ARTISTA
Autor: Marco Aurelio Tisi on Monday, 21 January 2013*OS BRILHANTES*
Autor: Gomes Leal on Monday, 21 January 2013Não ha mulher mais pallida e mais fria,
E o seu olhar azul vago e sereno
Faz como o effeito d'um luar ameno
Na sua tez que é morbida e macia.
Como _Levana_... esta mulher sombria
Traz a Morte cruel ao seu aceno,
O Suicidio e a Dôr!... Lembra do Rheno
Um conto, á luz crepuscular do dia.
Por isso eu nunca invejo os seus amantes!
--E em quanto hontem, gabavam seus brilhantes,
No theatro, com vistas fascinadas...
*NA FOLHA D'UM LIVRO*
Autor: Gomes Leal on Monday, 21 January 2013Uma é a forma ideal do triste anjo vencido,
--A outra, a doce luz diaphana da manhã!
E entre ellas chora e diz meu coração perdido:
--Em mim vencerá Deus, ou ganhará Satan!?
*CARTA ÁS ESTRELLAS*
Autor: Gomes Leal on Monday, 21 January 2013Ninguem soletra mais vossos mysterios
Grandes letras da Noute! sem cessar...
Ó tecidos de luz! rios ethereos,
Olhos _azues_ que amolleceis o Mar!...
O que fazeis dispersas pelo ar?!...
E ha que tempos ha já, fogos siderios,
Que ides assim como uns brandões funereos
Que levaes o Deus Padre a sepultar?!
Ha que tempos, dizei!--Ha muitos annos?...
E, com tudo, astros santos, deshumanos,
A vossa luz é sempre clara e egual!
POIS SER PALLIDA É DEFEITO?
Autor: Bulhão Pato on Monday, 21 January 2013
Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Autor: Alberto Caeiro on Monday, 21 January 2013
Escrito em 4-3-1914.
Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Affirmações religiosas
Autor: António Nobre on Sunday, 20 January 2013 Ó meus queridos! Ó meus S.tos limoeiros!
Ó bons e simples padroeiros!
Santos da minha muita devoção!
Padres choupos! ó castanheiros!
Basta de livros, basta de livreiros!
Sinto-me farto de civilisação!
Rezae por mim, ó minhas boas freiras
Rezae por mim escuras oliveiras
De Coimbra, em S.to Antonio de Olivaes:
Tornae-me simples como eu era d'antes,
Sol de Junho queima as minhas estantes
Poupa-me a _Biblia_, Anthero... e pouco mais!