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Vou ser meigo no começo

Mas tudo tem seu preço

Lá para a frente vou-me esticar

Vou dar cor e sabor às letras

Fazer curvas das retas

Quem sabe onde irei parar…

 

Espero não chegar a ser grosseiro

Que melhor uso à tinta deste tinteiro

Certamente poderei dar

Mas só comigo me comprometo

De escrever não tenho medo

Quem não gosta…

Não tem que gostar

 

Falarei de tudo,

e coisa nenhuma.

meias verdades,

e verdade alguma;

sobretudo sobre mim,

VOU CONTAR UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA

VOU CONTAR UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA

Eu sou irmã de Madalena Cordeiro.

Tenho cinquenta e oito anos. Quando eu tinha dez anos, minha mãe mandava ela me levar todos os domingos na igreja para o Catecismo. Nós passávamos em frente uma casa e lá tinha um jovem de quinze anos. Minha irmã Madalena parava para conversar com ele.

E, ele era muito atentado!

Pegava uma porção de pedrinhas e jogava em mim. Eu ficava muito nervosa!

Beatrice (Portinari)

​No antípoda de "À Espera de Godot"
Ou de Miss Havisham, ómega nupcial,
Infensa ao Garibaldi e noiva tal,
Qual mandala em erupção, não incorporou  
 
O platonismo etéreo em tom Pierrot.
No esto ctónico, frágua luminal,
Concatenada ao alor, fértil cardal,
Exceleu, irrefragável teopsia, estuou
 
Rumo aos adimplementos crus agnados
Dos disruptivos. Látega, renuía
O silêncio espectral, quedo, dos liados
 

Gestos

Quase no fio da navalha o silêncio esfaqueia
A noite que embebedada fenece…ah tão saciada
Vale um gesto ou mais que uma caricia viciada
 
Neste frenesim de desejos e afagos desvairados
Despem-se e domesticam-se sonhos potenciados

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