Infrene

"A arte termina na forma, mas é na emoção que começa."
FERREIRA, Vergílio “Arte Tempo”, edições rolim

Fúlmen, Plutão, borrasca, saraivada,
Taranis de Lucano que abalroa.
Alopsíquica, norte, eixo ou genoa?
Voragem insana que insta a mente alada.

Na fímbria dos meus dedos, quente, ateada,
Ela freme, no enlevo, ábsona soa
A toada, como intrínseca garoa,
Incoa a reivindicar voz n'alvorada.

Geometrizo-a em criação ilocucional,
Adstrinjo-a, tecnicizo-a em fria escansão
Aflo a sublimidade com a qual

Aconchego

Vem, vem depressa

Como o tempo

Como a queda:

Nenhum mal chega tão perto

Somente o ego!

Do segundo, o minuto, a hora

Contratempo:

A outra face  da moeda

Que nem tem valor certo

Basta um aconchego!

O dia começa:

A lua, a lágrima, a lástima, lamento que se chora

Junto a ti, nada perdura, bate apenas um coração:

Vem, vem meu coração!

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