Enquanto Espero

Viajo com o vento

Perdido

Procuro um cais, um porto para atracar,

Para descansar enquanto espero.

 

Um momento, simples que seja

Apenas um segundo,

De ouvir tua voz, ver teu rosto

Me cegar com teu brilho

E ansiar enquanto espero

 

Que o mel que tua boca destila

Carregue para longe as amarguras da vida,

E o estupor de teu sorriso

Me contamine, me contagie

E me faça sonhar enquanto espero.

 

Pois que com tua ausência,

Não importa se uma hora ou uma semana,

As (Segundas) Palavras

Se eu falar todas as palavras

Não terei dito tudo;

Tudo o que mereces ouvir

Para encher os teus ouvidos de encanto,

A tua vida de sonhos,

Regozijar-te em felicidade.

 

E repito as palavras vezes sem fim.

E continuo não encontrando a palavra certa

Que possa ser dita pela sua voz doce

E tenha o significado real de tudo.

 

Me sinto incapaz de te alegrar

- O que me perturba sobremodo -

Mas, num último esforço,

Apelo para a simplicidade

E do fundo do meu coração

Desabafo!

Ontem, quinta-feira, dia 05 de setembro foi o dia do irmão, irmão que presumo seja de sangue, irmão que esta perto, que ri, vive e convive nos bons ou nos maus momentos. Irmãos de alma, temos muitos. Irmãos que a vida nos trouxe, temos outros ainda.

Sempre-nunca

No despertar da lótus,
teu reflexo no espelho,
sublinhando ancestrais demandas,
e passivos comunitários semblantes
 
Ação e reação, carma
frutificando intenções,
más, boas e neutras
 
Shiva, libertarás
Darei-lhe vontade própria
Flutuará, então, de volta para casa
 
Talvez, sempre-nunca
nunca, talvez, sempre
E nestes cânticos, emerso
 
Futuro-passado,

O PÁSSARO LIVRE

 

Violinos lacrimejam uma melodia alegre que sai das suas profundezas.
Cordas habilmente rasgadas por dedos ágeis, retalham o vazio.
O pássaro livre, na sua gaiola fechada, escuta sem entender aqueles sons feitos por pessoas estranhas.
Que antes só ouvia na meia-luz lamentar.
Continuando o seu afortunado saltar de baloiço em baloiço, na sua gaiola de um único vaivém.

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