Voces del amanecer
Autor: Hygora Hoxy on Wednesday, 28 August 2019Vozes do amanhecer
Autor: Hygora Hoxy on Wednesday, 28 August 2019Poesia: meu grito de libertação!
Autor: DiCello Poeta on Wednesday, 28 August 2019um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 28 August 2019tenho a fantasia de suprimir as minhas emoções através de juízos que resvalem pelo declive duma angustiada digressão com um vocabulário que eu irei requintando na penumbra do meu isolamento.
velho moinho
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Velho moinho
Obra rústica de charme aconchegante
Engenho de sonhos,
Movidos a ventos
Entre as mós, eles vão girando
Transformando em suco
Os meus sentimentos
Velho moinho de versos
Hirto na aurora dos tempos
Sem alma, sem voz
Sem nada por dentro
O velho moinho
Que já foi feliz, está agora abandonado…
Fica a memória da dureza do grão
por tantos de nós superado
Junto aos grãos os condimentos
Raiva, amor, desencanto…
Perdidos no cenário campestre
Sonho azul
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Sonho azul
Fecho os olhos e em alta voz
Penetro em sonho azul
Invoco Deus em minha oração
Adormeço débil e sonho que sou forte
Num universo em constelação
Não me despertem, quero viver
Viver sorrindo mesmo que seja em sonho
Morrer de amor e continuar sonhando
Como fazem os poetas
Quero ter pesadelos de otimismo
Deixar passar as horas de melancolia
Neste quarto mobilado de imobilidade
Vejo sombras que de longe me sorriem
São sombras de luz
Sombras
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Sombras
Meus olhos se encheram de emoção
Diante das águas tranquilas do rio
Um sorriso iluminado acompanhou o meu olhar
Por entre os orvalhos da saudade
Tu estavas lá, olhando o rio
Com teu ar sereno e misterioso
Rodopiavas em pensamentos ao som do barulho do vento
É quase outono, o sol já se esconde envergonhado
Por entre as folhagens das árvores que teimam em cair
Como um pescador de sonhos
Alimentas a alma nos reflexos das águas do rio
Meu coração é uma folha solta no ar
Setembro
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Setembro
Há um prenúncio de chuva
No perfume que a nuvem comprime
As folhas subtis das árvores
afagam suavemente o solo
pintando de cor a calçada
O vento do Norte
Mima com beijos suaves
As folhas que perderam a cor garrida
Num delírio enfraquecido do verão.
Ergue-se setembro
As estradas dos meus sonhos
Reabrem-se dentro de mim
O vento traz o fresco às madrugadas
A brisa baila por entre os campos
E eu sentada no banco do jardim
Poesia de Inverno
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Poesia de inverno
Chegou o Inverno
As últimas folhas dos ramos
Lutam contra o vento
Surge a alvorada, com folhas a voar
A chuva chega, amedrontada
O mar majestoso fica sombrio
O Inverno está no ar
A brisa gelada que corre
Ao som arrepiante do vento
Divide comigo o frio da noite.
Fecho os olhos molhados
E penso num poema que faria,
Se meus olhos encharcados
Não estivessem cansados.
No jardim do parque
Há apenas folhas caídas, trituradas