Grito de alerta

Grito de alerta

 

O meu grito tem como arma a poesia

No horizonte longínquo voam os pássaros

Apelando para as lágrimas contidas

Neste dia cinzento com cheiro a maresia

Minha voz clama amor

Ouvidos não me querem escutar

Meu mundo está deserto

Sinto frio… tenho calor

Meu grito está no reflexo da minha alma

De poema a poema,

Vai desfiando o avesso das palavras

Que tu não queres escutar

E o poema nasce da pétala

Da flor entristecida no silencio do verso que não lês

Fim de tarde

Fim de tarde

 

Uma réstia de sol caminha tranquila

Abençoando a terra

Fim da tarde, o céu ganha novo tom

Escurece os montes e vales

Exalando a vida e o seu dom

Antes da chegada da noite

Borboletas esvoaçam serenas

Sobre as flores no jardim.

A brisa suave se entranha

Trazendo o seu aroma a jasmim

Sombras lilases vagueiam no céu

São saudades ecoadas pelo ar

Palavras que ficaram por dizer

Inspiração de quem sabe amar

E o sol se despede ao entardecer

Arco-íris

Arco-íris

 

O arco-íris da minha alma

Ecoa um grito

Em suaves caricias de cores

No horizonte sente-se o calor

Envolto em gotículas de chuva

Borboletas ajudam a enfeitar o Céu

E se exibem em suas cores cintilantes

A poesia em mim

Necessita ter a imensidão nos olhos

E o arco-íris perfumado na alma

Num voo intenso e destemido da fantasia

Curvo-me para o solo

Em busca da esperança perdida

Mas meus sentimentos

Não rimam em terra húmida

A água

A água

 

Sou vida

Sou esperança

Broto do Céu

E da terra também

Sou filha da natureza Mãe

Corro dos rios para o mar

Controlo obstáculos

Faço mover moinhos

Sou salgada e doce

Fresca e cristalina

Verde, transparente e azul

Dou-vos energia

Dia após dia

Sou fonte de vida

Sou batismo

Sou milagrosa

Sou água benta caída do Céu

Sob o estrondo do trovão

E levo produtividade ao sertão

Sou vida em movimento…

E este poema sobre mim

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