Quem realmente somos?!
Autor: DiCello Poeta on Wednesday, 28 August 2019Realmente, somos aquilo que algumas pessoas não conseguem ver,
outras vêem e não comentam, deixando assim você ser exatamente como deseja ser,
Realmente, somos aquilo que algumas pessoas não conseguem ver,
outras vêem e não comentam, deixando assim você ser exatamente como deseja ser,
Sei da tua ansiedade
Posso sentir na forma como escreves
estas louca de vontade para sentir
Às vezes me sinto obcecado
Desejo tanto viver intensamente os momentos
Os desejos com volúpia e intensidade
Grito de alerta
O meu grito tem como arma a poesia
No horizonte longínquo voam os pássaros
Apelando para as lágrimas contidas
Neste dia cinzento com cheiro a maresia
Minha voz clama amor
Ouvidos não me querem escutar
Meu mundo está deserto
Sinto frio… tenho calor
Meu grito está no reflexo da minha alma
De poema a poema,
Vai desfiando o avesso das palavras
Que tu não queres escutar
E o poema nasce da pétala
Da flor entristecida no silencio do verso que não lês
Fim de tarde
Uma réstia de sol caminha tranquila
Abençoando a terra
Fim da tarde, o céu ganha novo tom
Escurece os montes e vales
Exalando a vida e o seu dom
Antes da chegada da noite
Borboletas esvoaçam serenas
Sobre as flores no jardim.
A brisa suave se entranha
Trazendo o seu aroma a jasmim
Sombras lilases vagueiam no céu
São saudades ecoadas pelo ar
Palavras que ficaram por dizer
Inspiração de quem sabe amar
E o sol se despede ao entardecer
Arco-íris
O arco-íris da minha alma
Ecoa um grito
Em suaves caricias de cores
No horizonte sente-se o calor
Envolto em gotículas de chuva
Borboletas ajudam a enfeitar o Céu
E se exibem em suas cores cintilantes
A poesia em mim
Necessita ter a imensidão nos olhos
E o arco-íris perfumado na alma
Num voo intenso e destemido da fantasia
Curvo-me para o solo
Em busca da esperança perdida
Mas meus sentimentos
Não rimam em terra húmida
A água
Sou vida
Sou esperança
Broto do Céu
E da terra também
Sou filha da natureza Mãe
Corro dos rios para o mar
Controlo obstáculos
Faço mover moinhos
Sou salgada e doce
Fresca e cristalina
Verde, transparente e azul
Dou-vos energia
Dia após dia
Sou fonte de vida
Sou batismo
Sou milagrosa
Sou água benta caída do Céu
Sob o estrondo do trovão
E levo produtividade ao sertão
Sou vida em movimento…
E este poema sobre mim
Te beijo
Lenta e compassivamente
Desnudo o corpo
Sempre, todas as vezes
Quando me sinto perdido no tempo
O espaço me surpreende, a imaginação aflora
Pensamentos proibidos povoam a mente
Invadem loucamente os nossos corpos e almas